Comunidades tradicionais em áreas de preservação ambiental
entre direitos e deveres à injustiça social
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2025-74374Palabras clave:
Conhecimento popular, Vulnerabilidade social, Comunidade caiçara, Desenvolvimento sustentável, Diálogo de saberesResumen
O processo de colonização do litoral do Paraná foi caracterizado pela mistura racial, de modo a surgir as comunidades caiçaras. Significativa parte dessa região foi transformada em áreas de preservação ambiental, o que afetou a forma de viver nessas comunidades. Nas buscas de promover um diagnóstico acerca da percepção neste novo cenário, realizou-se uma pesquisa exploratória descritiva junto a cinco famílias, consideradas líderes e residentes no Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange. O estudo revelou que dois aspectos devem ser considerados para a mitigação dos problemas. O primeiro trata-se do diálogo de saberes que envolva a ciência, o Poder Público e as comunidades no sentido de buscar alternativas concretas aos problemas observados; o segundo é que as comunidades rurais devem ter maior capacidade de organização, visando o desenvolvimento pautado no fortalecimento do tecido social de forma associativista com o olhar em si. Para isso, deve-se envolver economia, política e autogestão, tratando-se de um movimento que poderia transformar a realidade individualista para uma realidade coletiva, sustentada por uma visão mais abrangente e conhecedora das necessidades locais. Além disso, pressionando o Estado para atuar conforme os princípios democráticos, garantindo que essas comunidades tenham acesso aos direitos constitucionais, promovendo a inclusão social e cultural que representam o contexto do litoral paranaense.
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Referencias
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