Feminização docente

análise do perfil político-pedagógico de professoras da educação do campo do território de identidade litoral sul do estado da Bahia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2024-73410

Palavras-chave:

Docência, Educação do campo, Feminização, Gênero

Resumo

O perfil da docência do campo é uma lacuna dentro do Censo Educacional, requerendo pesquisas em torno da ausência de dados. Deste modo, este artigo tem como objetivo descrever e analisar, à luz do estudo da categoria feminização docente, o perfil político-pedagógico de professoras da educação do campo do território de identidade litoral sul na Bahia. As informações foram coletadas no âmbito da execução do Programa FormaCampo, em 2021. Assim, constatamos que a docência na educação do campo é feminizada e exercida majoritariamente por mulheres pretas e pardas, na faixa etária de 18 a mais de 55 anos. Concluímos que as mulheres/professoras são provedoras da família, e principais responsáveis pelo trabalho doméstico, acumulando trabalho reprodutivo com trabalho produtivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Darluce Andrade de Queiroz Muniz, Universidade Federal de Uberlândia

Doutoranda em Educação na Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil; professora efetiva na Escola Comunitária São Boaventura, Canavieiras, Bahia, Brasil; membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Movimentos Sociais, Diversidade e Educação do Campo (GEPEMDEC/CNPq).

J´úlia Maria da Silva Oliveira, Universidade Estadual de Santa Cruz

Doutora em Educação pela Université de Montréal, Canadá; professora na Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil; membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Movimentos Sociais, Diversidade e Educação do Campo (GEPEMDEC/CNPq).

Ana Paula Souza Báfica , Universidade Estadual de Santa Cruz

Doutoranda em Educação na Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, Brasil; professora de Atendimento Educacional Especializado na Escola Comunitária São Boaventura, Canavieiras, Bahia, Brasil.

Lais Hilário Alves, Universidade Federal de Uberlândia

Doutoranda em Educação na Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

Referências

ABREU, C. B.; FIGUEIREDO, M. D. Docentes do ensino superior – gestão da carreira na fase pré-aposentadoria. GUAL, Florianópolis, v. 11, n. 3, p. 146-165, 2018. DOI 10.5007/1983-4535.2018v11n3p146. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/gual/article/view/1983-4535.2018v11n3p146. Acesso em: 22 mar. 2023.

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

ALMEIDA, J. S. Mulheres na escola: algumas reflexões sobre o magistério feminino. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 96, p. 71-78, 1996. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/816. Acesso em: 11 mar. 2023.

ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelhos ideológicos de estado. 3. ed. Tradução de Joaquim José de Maura Ramos. Lisboa: Martins Fontes, 1980.

ARAÚJO, S. F.; PURIFICAÇÃO, M. M. Ser professor: vocação ou falta de opção? Os motivos que envolvem a escassez de jovens na profissão docente no Brasil. Revista Científica Novas Configurações – Diálogos Plurais, Luziânia, v. 2, n. 1, p. 11-18, 2021. DOI 10.4322/2675-4177.2021.002. Disponível em: http://www.dialogosplurais.periodikos.com.br/article/doi/10.4322/2675-4177.2021.002. Acesso em: 10 jun. 2023.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Sinopse Estatística da Educação Básica 2017. Brasília, DF: Inep, 2020a. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/sinopses-estatisticas/educacao-basica. Acesso em: 7 de mar. 2023.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Sinopse Estatística da Educação Superior 2017. Brasília, DF: Inep, 2020b. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/sinopses-estatisticas/educacao-superior-graduacao. Acesso em: 10 jul. 2023.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm. Acesso em: 27 jul. 2023.

CARVALHO, M. R. V. Perfil do professor da educação básica. Brasília, DF: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2018.

CASTANHA, A. P. O processo de feminização do magistério no Brasil do século 19: coeducação ou escolas mistas. História da Educação, Porto Alegre, v. 19, n. 47, p. 197-212, 2015. DOI 10.1590/2236-3459/51341. Disponível em: https://www.scielo.br/j/heduc/a/5TjtHjHWVxYtkVJhbFRqB8P/abstract/?lang=pt. Acesso em: 22 jul. 2023.

CATANI, D. B. et al. Docência, memória e gênero: estudos sobre formação. São Paulo: Escrituras, 1997.

CERQUEIRA, C. A.; JESUS, C. M. O território litoral sul. As políticas territoriais rurais e a articulação governo federal e estadual: um estudo de caso da Bahia. Brasília, DF: Ipea, 2017.

CUNHA, B. M. Violência contra a mulher, direito e patriarcado: perspectivas de combate à violência de gênero. In: JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTIFICA DE DIREITO DA UFPR, 16., 2014, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: Faculdade de Direito UFPR, 2014. p. 149-170. Disponível em: https://direito.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2014/12/Artigo-B%C3%A1rbara-Cunha-classificado-em-7%C2%BA-lugar.pdf. Acesso em: 17 out. 2021.

CUNHA, L. A. Educação e desenvolvimento social no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.

HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (org.). Vidas de professores. 2. ed. Porto: Porto, 2000. p. 31-46.

IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/retrato/indicadores_educacao.html. Acesso em: 10 jan. 2023.

LÉON, A. D. Reflexões sobre a consolidação e desvalorização da profissão docente. Revista Querubim, Niterói, v. 5, p. 3-10, 2009.

LOURO, G. L. Gênero e magistério: identidade, história, representação. In: CATANI, D. et al. (org.). Docência, memória e gênero: estudos sobre formação. São Paulo: Escrituras, 1997. p. 77-84.

LOURO, G. L. Currículo, gênero e sexualidade. Portugal: Porto, 2000.

LOURO, G. L. Mulheres na sala de aula. In: PRIORE, M. D.; PINSK, B. C. (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012. p. 441-481.

OIT. Igualdade de gênero e raça no trabalho: avanços e desafios. Brasília, DF: OIT, 2010. Disponível em: https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/---ilo-brasilia/documents/publication/wcms_229333.pdf. Acesso em: 10 jun. 2023.

RABELO, A. O.; MARTINS, A. M. A mulher no magistério brasileiro: um histórico sobre a feminização do magistério. In: CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 6., 2006, Campinas. Anais [...]. Campinas: Anais do evento, 2006. p. 6.167-6.176.

TANURI, L. M. História da formação de professores. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 14, p. 61-88, 2000. DOI 10.1590/S1413-24782000000200005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/HsQ3sYP3nM8mSGSqVy8zLgS/abstract/?lang=pt#. Acesso em: 25 maio 2023.

ZIBETTI, M. L. T.; PEREIRA, S. R. Mulheres e professoras: repercussões da dupla jornada nas condições de vida e no trabalho docente. Educar em Revista, Curitiba, n. spe2, p. 259-276, 2010. DOI 10.1590/S0104-40602010000500016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/K7cJTTmXvLT3ZFKpCkdJ7BL/#. Acesso em: 14 set. 2023.

Downloads

Publicado

01-11-2024

Como Citar

MUNIZ, D. A. de Q.; OLIVEIRA, J. M. da S.; BÁFICA , A. P. S.; ALVES, L. H. Feminização docente: análise do perfil político-pedagógico de professoras da educação do campo do território de identidade litoral sul do estado da Bahia. Revista de Educação Popular, Uberlândia, n. Edição Especial, p. 183–203, 2024. DOI: 10.14393/REP-2024-73410. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/73410. Acesso em: 21 nov. 2024.