A produção de polvilho na Comunidade Tatu
entre a modernização e a tradição
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2021-54082Palavras-chave:
Produção do polvilho, Modernização, Comunidade, Laços de vida tradicionais, Educação do campoResumo
A produção do polvilho é a principal fonte de renda dos moradores da Comunidade Tatu, localizada no município de Rio Pardo de Minas, região Norte do estado de Minas Gerais. O trabalho nas tendas de goma vem sendo passado de geração em geração, mas houve mudanças em decorrência da modernização da agricultura. O presente trabalho procurou discutir como a mecanização/modernização na produção do polvilho interfere nos laços de vidas tradicionais da Comunidade Tatu. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou como fonte de informações falas de dois moradores da comunidade, obtidas por entrevistas semiestruturadas, assim como informações das vivências da autora-pesquisadora principal. Nota-se com a chegada da modernização, acompanhada da mecanização, o enfraquecimento ou até mesmo a perda de alguns laços tradicionais como a troca de serviços. Ao mesmo tempo, o trabalho na produção de polvilho continua familiar e artesanal, há trocas de manivas e os agricultores compreendem que a comunidade se constrói a partir da ajuda do outro.
Downloads
Referências
ALBORNOZ, S. O que é trabalho? São Paulo: Brasiliense, 2002.
ALENTEJANO, P. Modernização da agricultura. In: CALDART, R. et al. Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro. São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012. p. 479-483.
BRANDÃO, C. R. O trabalho como festa: algumas imagens e palavras sobre o trabalho camponês acompanhado de canto e festa. In: GODOI, E. P.; MENEZES, M. A.; MARIN, R. A. (org.). Diversidade do campesinato: expressões e categorias: construções identitárias e sociabilidades. São Paulo: Editora da UNESP, 2009. p. 39-53.
BRANDÃO, C. R. A comunidade tradicional. In: COSTA, J. B. A; OLIVEIRA, C. L. (org.). Cerrados, gerais, sertão: comunidades tradicionais nos sertões roseanos. São Paulo: Intermeios, 2012. p. 367-380.
DIAS, D. A. Cultivo da mandioca e produção de goma na agricultura familiar de Monte Alegre - Rio Pardo de Minas - Minas Gerais: técnica e tecnologia em foco. 2016. 73 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.
ESMERALDO, G. G. S. L. Ação da teoria e prática no Programa Residência Agrária/UFC: produzindo saber e poder de caráter emancipatório. In: ROCHA, M. I. A; MARTINS, M. F. A; MARTINS, A. A. (org.). Territórios educativos na educação do campo: escola, comunidade e movimentos sociais. Belo Horizonte: Editora Gutenberg, 2012. p. 211-224.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades: Rio Pardo de Minas (MG). Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/rio-pardo-de-minas/panorama. Acesso em: 20 abr. 2020.
MATTOS, P. L. P.; FARIAS, A. R. N.; FERREIRA FILHO, J. R. (ed.). Mandioca: o produtor pergunta, a Embrapa responde. Brasília-DF: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 2006. (Coleção 500 perguntas, 500 respostas).
PORTO-GONÇALVES, C. W. Descolonizar o pensamento, condição para sustentabilidade: diálogo com Carlos Walter Porto-Gonçalves (entrevista). Sustentabilidade em Debate, Brasília, v. 5, n. 3, p. 159-168, set./dez. 2014. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/sust/article/view/15658. Acesso em: 16 fev. 2020. Doi: 10.18472/SustDeb.v5n3.2014.12713.
TEIXEIRA, J. C. Modernização da agricultura no Brasil: impactos econômicos, sociais e ambientais. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros, Três Lagoas (MS), v. 2, n. 2, set. 2005. Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/RevAGB/article/view/1339. Acesso em 19 jan. 2020.
VENDRAMINI, R. C. Educação e trabalho: reflexões em torno dos movimentos sociais do campo. Cad. Cedes, Campinas, v. 27, n. 72, p. 121-135, maio/ago. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ccedes/v27n72/a02v2772. Acesso em: 10 fev. 2020.
YIN, R. K. Pesquisa qualitativa: do início ao fim. Porto Alegre: Bookman, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.