O público e o privado em relação

a privatização da educação na rede estadual do Rio Grande do Sul

Autores

  • Renata Cecilia Estormovski Instituto Estadual Polivalente

DOI:

https://doi.org/10.14393/rep-v17n32018-art06

Palavras-chave:

Políticas Educacionais, Relação Público-Privado, Programa Escola Melhor, Sociedade Melhor

Resumo

As redefinições do papel do Estado, impulsionadas pelo diagnóstico de crise do Estado, alteram as fronteiras entre o público e o privado e materializam políticas públicas que propõem processos de privatização da educação. Como discute Peroni (2015a), privatizar não significa unicamente alterar a propriedade das instituições, mas envolve estratégias e processos variados com profundas implicações para educação. Neste artigo, analisa-se uma das estratégias de privatização da educação na rede estadual do Rio Grande do Sul: o Programa Escola Melhor: Sociedade Melhor, que incentiva pessoas físicas e jurídicas a fazerem doações, reformas e ampliações em instituições da rede, desresponsabilizando o Estado. Como materiais de investigação estão os documentos (Lei, Decreto e Portaria) que esclarecem o funcionamento do projeto, matérias jornalísticas disponibilizadas no portal eletrônico da Secretaria de Educação, além da página do Programa, em que constam dados sobre seu funcionamento, sendo que tais dados serão confrontados com o referencial teórico-metodológico que embasa o estudo por meio de uma pesquisa bibliográfico-documental.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renata Cecilia Estormovski, Instituto Estadual Polivalente

Graduada em Letras (Faplan) e em Pedagogia (UFSM), especialista em Gestão Educacional (UFSM) e professora da rede pública estadual do Rio Grande do Sul, atuando no Instituto Estadual Polivalente.

Referências

GIDDENS, A. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social-democracia. Rio de Janeiro: Record, 1999. 192 p.

HARVEY, D. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005. 252 p.

LUKÁCS, G. Introdução a uma estética marxista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. 298 p.

MESZAROS, I. Para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2002. 1.104 p.

MONTAÑO, C. Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de intervenção social. São Paulo: Cortez, 2002. 288 p.

PERONI, V. M. V. Implicações da relação público-privada para a democratização da educação. 2015. 180 f. Tese (Professora Titular) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2015a, 180 p.

_______. Implicações da relação público-privada para a democratização da educação no Brasil. In: PERONI, V. (Org.). Diálogos sobre as redefinições no papel do Estado e nas fronteiras entre o público e o privado na educação. São Leopoldo: Oikos, 2015b, p. 15-34.

_______. As relações entre o público e o privado nas políticas educacionais no contexto da terceira via. Currículo sem Fronteiras, Porto Alegre, v. 13, n. 2, p. 234-255, maio/ago. 2013. Disponível em: <http://www.curriculosemfronteiras.org/vol13iss2articles/peroni.pdf>. Acesso em 23 jul. 2018.

THOMPSON, E. P. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. 231 p.

VIEIRA, E. O estado e a sociedade civil perante o ECA e a LOAS. Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 56, ano XIX, mar. 1998.

_______. Os direitos e a política social. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2004. 224 p.

WOOD, E. M. Democracia contra o capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2003. 261 p.

Downloads

Publicado

15-01-2019

Como Citar

ESTORMOVSKI, R. C. O público e o privado em relação : a privatização da educação na rede estadual do Rio Grande do Sul. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 17, n. 3, p. 88–102, 2019. DOI: 10.14393/rep-v17n32018-art06. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/44149. Acesso em: 23 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)