Educação popular e estudos feministas
contribuições para a linguagem inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep-v17n22018-art06Palavras-chave:
Educação Popular, Estudos Feministas, Linguagem Inclusiva, GêneroResumo
Este texto tem como objetivo principal discutir as contribuições de Paulo Freire para o uso da linguagem inclusiva. Em 1964, Freire escreveu sua principal obra: Pedagogia do oprimido, que mudou o mote da educação e abriu debates sobre uma educação política e popular. Entretanto, um assunto importante passou despercebido pelo autor: o uso da linguagem inclusiva. Sobre a ausência das mulheres, o livro recebeu inúmeras críticas, principalmente das feministas estadunidenses. Vinte e dois anos depois, Freire escreveu Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido, publicada em 1992. Neste trabalho, Freire poderia ter deixado as críticas feministas guardadas e esquecidas para sempre, mas ele não o fez. Ao contrário, fez referência à importância do lugar da linguagem inclusiva, afirmando a necessidade de refazer a linguagem. Com esse ponto de partida, Freire passou a escrever na linguagem inclusiva. O movimento feito por Freire de repensar a linguagem contribuiu para os estudos feministas que, de longa data, vêm afirmando a importância da inclusão das mulheres na linguagem tanto escrita quanto oral.
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