Emancipação em praticas educativas

as concepções dos educadores sociais

Autores

  • Cecilia Kerches Menezes Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Débora Cristina Fonseca Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

DOI:

https://doi.org/10.14393/rep-v17n12018-art03

Palavras-chave:

Emancipação, Educação não formal, Educadores sociais

Resumo

Este trabalho objetiva discutir como o conceito de emancipação é significado por educadores sociais, quando parece contraditório pensar em trabalhar a emancipação e a autonomia da coletividade em um momento em que o sistema econômico impõe a individualidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que, por meio da análise documental e de entrevistas semiestruturadas, possibilitou identificar se para os profissionais que desenvolvem atividades educativas em práticas sociais suas atividades são emancipatórias. As ações desses profissionais partiam de atividades educativas, desenvolvidas na comunidade com adolescentes, jovens e adultos, usuários da política de assistência social, e tinham como proposta emancipar esses sujeitos para o exercício da cidadania. Porém, na análise, evidenciou-se que os educadores sociais se encontravam alienados ao sistema capitalista, reproduzindo a formação de indivíduos submissos e acríticos, considerando a lógica do mundo do capital. Nas considerações finais, destaca-se a necessidade de se criar oportunidades e possibilidades para que os educadores sociais possam rever suas concepções.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cecilia Kerches Menezes, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Possui graduacao em Serviço Social pela Faculdades Integradas Maria Imaculada (1990) e Mestrado em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2015), no departamento de Educação do Instituto de Biociências/ UNESP

Débora Cristina Fonseca, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995), mestrado (2000) e doutorado (2008) em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Atualmente é docente na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus Rio Claro, Dep. de Educação e Docente no Programa de Pós-Graduação em Educação/UNESP / Rio Claro

 

Referências

AFONSO, A. J. Os lugares da educação. In: SIMSON, O. R. M; PARK, M. B.; FERNANDES, R. S. (Org.). Educação não formal: cenários da criação. Campinas: Editora da Unicamp, 2001. p. 29-38.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa: Edições 70, 2004. 280 p.

BAPTISTA, M. V. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. 2. ed. São Paulo: Veras, 2003. 145 p.

BOARINI, M. L.; YAMAMOTO, O. H. Higienismo e eugenia: discursos que não envelhecem. In: Psicologia Revista, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 59-72, 2004.

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução

à teoria e aos métodos. Tradução de Maria João Alvarez, Sara Bahia dos

Santos e Telmo Mourinho Baptista. Porto: Porto Editora, 1994. p. 47-51.

BONETI, L. W. Exclusão, inclusão e cidadania no ideário neoliberal. In: ALMEIDA, M. L. P.; BONETI, L. W. (Org.). Educação e cidadania no neoliberalismo: da experiência à análise crítica. Campinas: Mercado das Letras, 2008. p. 19-34.

BRACAGIOLI NETO, A.; GEHLEN, I.; OLIVEIRA, V. L. Planejamento e gestão de projetos para o desenvolvimento rural. Coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS; Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010. 82 p.

BRANDÃO, C. R. Cultura rebelde: escritos sobre a educação popular ontem e agora. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2009. 107 p.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social. Brasília, 2004. 175 p.

CENDALES, L.; MARIÑO G. Educação não formal e educação popular: para uma pedagogia do diálogo cultural. São Paulo: Loyola, 2006. 136 p.

DUARTE, N. (Org.) Crítica ao fetichismo da individualidade. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2012. 240 p.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 144.

______. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 184 p.

FREITAS, L. C. Ciclos, seriação e avaliação: confrontos de lógica. São Paulo: Moderna, 2003. 96 p.

GOHN, M. G. Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvimento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010. 104 p.

GONZALES, Z. K.; GUARESCHI, N. M. F. O protagonismo social e o governo de jovens. Revista Latinoamericana de Ciências Sociales, Niñez y Juventud, v. 7, n.1, p. 37-57, jun. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.org.co/pdf/rlcs/v7n1/v7n1a02.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2015.

IANNI, O. Globalização e Neoliberalismo. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 27-32, 1998. Disponível em: <http://produtos.seade.gov.br/produtos/spp/v12n02/v12n02_03.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2015.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MANZINI, E. J. Entrevista semiestruturada: análise de objetivos e de roteiros. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE PESQUISA E ESTUDOS QUALITATIVOS, 2., 2004, Bauru. Anais.... Bauru: USC, 2004. v. 1. p. 1-10.

MARTINS, M. S. C. O fetichismo do indivíduo e da linguagem no enfoque da psicolinguística. In: DUARTE, N. (Org.). Crítica ao fetichismo da individualidade. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2012.

MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. 2. ed. São Paulo, SP: Martin Claret, 2011. 175 p.

MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 153 p.

MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2008. 77 p.

RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. Tradução de Ivone C. Bonetti. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012. 125 p.

______. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Tradução de Lilian do Valle. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. 192 p.

ROSSLER, J. H. A educação aliada da luta revolucionaria pela superação da sociedade alienada. In: DUARTE, N. (Org.). Crítica ao fetichismo da individualidade. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2012.

SANTOS, B. S. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2007. 415 p.

SILVEIRA, J. I. Gestão do trabalho: concepção e significado para o SUAS. In: BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Gestão do trabalho no âmbito do SUAS: uma contribuição necessária para ressignificar as ofertas e consolidar o direito socioassistencial. Brasília, DF: MDS, 2011. p. 9-38.

SOUSA A. N. L. Globalização: origem e evolução. Caderno de Estudos Ciência e Empresa, Teresina, Ano 8, n. 1, jul. 2011.

TRILLA, J. Educação formal e não formal: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2008. 168 p.

Downloads

Publicado

18-06-2018

Como Citar

MENEZES, C. K.; FONSECA, D. C. Emancipação em praticas educativas: as concepções dos educadores sociais. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 17, n. 1, p. 45–62, 2018. DOI: 10.14393/rep-v17n12018-art03. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/39280. Acesso em: 27 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais