Quem tem medo de Paulo Freire e por quê?

Autores/as

  • Benerval Pinheiro Santos Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2021-63428

Palabras clave:

Paulo Freire, Reações, Golde de Estado, Educação

Resumen

Neste artigo, buscamos identificar e apresentar dados e fatos que, de algum modo, configuram os processos de perseguição e anulação de Paulo Freire e das suas contribuições teóricas e práticas pelos grupos economicamente dominantes de nosso país. Para isso, buscamos em registros, fatos históricos e documentos oficiais embasamentos que, em conjunto, mostram-nos que as reações a Freire têm origem no seio desses grupos dominantes e que fazem parte de uma estratégia de manutenção de regalias e domínios. Avançamos até a história recente, que tem o golpe político, jurídico e midiático de 2016 como um dos passos do processo de dominação desses grupos. Em termos teóricos, buscamos embasamento em referências nos campos da História e da Educação. As teorizações e contribuições de Freire são trazidas no sentido de evidenciar pontualmente o porquê as reações a ele são tão marcantes. Em nossas conclusões, retomamos os nossos objetivos e fazemos o que podemos considerar como um exercício teórico, quando apontamos um vir a ser, algumas possibilidades interrompidas em termos de uma trajetória abortada na linha de nossa história, com o golpe de estado de 2016.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Benerval Pinheiro Santos, Universidade Federal de Uberlândia

Doutor em Ensino de Ciências e Matemática pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Brasil; professor associado da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

Citas

BASBAUM, L. História sincera da República: das origens até 1889. 4. ed. São Paulo: Alfa-Ômega, 1982.

BEISIEGEL, C. R. Política e educação popular no Brasil: um estudo sobre o método Paulo Freire de alfabetização de adultos. Tese (Livre Docência) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1981.

D’AMBROSIO, U. Matemática, ensino e educação: uma proposta global. Temas e Debates, Rio Claro, v. 1, n. 3, p. 1-16, 1991. Disponível em: http://sbem.iuri0094.hospedagemdesites.ws/revista/index.php/td/article/view/2602. Acesso em: 10 jun. 2021.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. 2. ed. São Paulo: Atual, 1993.

D’AMBROSIO, U. Transdisciplinaridade. São Paulo: Palas Athena, 1997.

D’AMBROSIO, U. Educação matemática: da teoria à prática. 4. ed. Campinas: Papirus, 1998.

D’AMBROSIO, U. Educação para uma sociedade em transição. Campinas: Papirus, 1999.

D’AMBROSIO, U. Conteúdo nos cursos de formação de professores de matemática. Etnomatemática, São Paulo, 2006. Disponível em: http://web.archive.org/web/20081209112502/http://vello.sites.uol.com.br/conteudo.htm. Acesso em: 8 ago. 2021.

D’AMBROSIO, U. The name ethnomathematics: my personal view. Etnomatemática, São Paulo, 2006. Disponível em: https://sites.google.com/site/etnomath/11. Acesso em: 8 ago. 2021.

FREIRE, P. Educação e mudança. 2. ed. Tradução de Moacir Gadotti e Lilian Lopes Martin. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

FREIRE, P. Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez, 2001.

FREIRE, P. Cartas a Cristina: reflexão sobre minha vida e minha práxis. 2. ed. São Paulo: UNESP, 2003.

GADOTTI, M. A voz do biógrafo brasileiro: a prática à altura do sonho. In: GADOTTI, M. (org.). Paulo Freire: uma biobibliografia. São Paulo: Cortez, 1996. p. 69-116.

GADOTTI, M. Concepção dialética da educação: um estudo introdutório. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

GERHARDT, H. P. Uma voz europeia: arqueologia de um pensamento. In: GADOTTI, M. (org.). Paulo Freire: uma biobibliografia. São Paulo: Cortez, 1996. p. 149-170.

MALERBA, J. O Brasil Imperial (1808-1889): panorama da História do Brasil no Século XIX. Maringá: UEM, 1999.

MORAIS, R. Cultura brasileira e educação. Campinas: Papirus, 1989.

OLIVEIRA, D.; DOMINICE, P. Freire: desvelar. In: TORRES, C. A. (org.). Leitura crítica de Paulo Freire. Tradução de Mônica Mattar Oliva. São Paulo: Edições Loyola, 1981. p. 63-71.

ROMÃO, J. E. Contextualização: Paulo Freire e o pacto populista. In: FREIRE, P. Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez, 2001, p. 13-48.

SANTOS, B. P. Paulo Freire e Ubiratan D’Ambrosio: contribuições para a formação do professor de matemática no Brasil. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

TEIXEIRA, A. Educação no Brasil. 2. ed. São Paulo: Nacional, 1976.

Publicado

2021-09-29

Cómo citar

SANTOS, B. P. Quem tem medo de Paulo Freire e por quê?. Revista de Educação Popular, Uberlândia, p. 9–28, 2021. DOI: 10.14393/REP-2021-63428. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/63428. Acesso em: 23 nov. 2024.

Artículos más leídos del mismo autor/a