Quem tem medo de Paulo Freire e por quê?
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2021-63428Palavras-chave:
Paulo Freire, Reações, Golde de Estado, EducaçãoResumo
Neste artigo, buscamos identificar e apresentar dados e fatos que, de algum modo, configuram os processos de perseguição e anulação de Paulo Freire e das suas contribuições teóricas e práticas pelos grupos economicamente dominantes de nosso país. Para isso, buscamos em registros, fatos históricos e documentos oficiais embasamentos que, em conjunto, mostram-nos que as reações a Freire têm origem no seio desses grupos dominantes e que fazem parte de uma estratégia de manutenção de regalias e domínios. Avançamos até a história recente, que tem o golpe político, jurídico e midiático de 2016 como um dos passos do processo de dominação desses grupos. Em termos teóricos, buscamos embasamento em referências nos campos da História e da Educação. As teorizações e contribuições de Freire são trazidas no sentido de evidenciar pontualmente o porquê as reações a ele são tão marcantes. Em nossas conclusões, retomamos os nossos objetivos e fazemos o que podemos considerar como um exercício teórico, quando apontamos um vir a ser, algumas possibilidades interrompidas em termos de uma trajetória abortada na linha de nossa história, com o golpe de estado de 2016.
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