Para uma pedagogia do patrimônio

Autores/as

  • Gilmar Rocha Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2021-61502

Palabras clave:

Educação patrimonial, IPHAN, CAPES, Pedagogia, Epistemologia

Resumen

A Educação Patrimonial é hoje objeto de política nacional, e desperta o interesse de instituições da sociedade civil e da Academia. Este texto apresenta, de maneira breve e exploratória, o processo de “institucionalização da Educação Patrimonial” em tempos recentes no Brasil, tendo como foco principal o papel desempenhado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Ao que tudo indica, assistimos desde então a elevação da Educação Patrimonial em algo mais denso e profundo do que somente uma política de Estado, senão uma pedagogia de ensino, pesquisa e extensão, que, ao longo do tempo, pode contribuir para que se repense o próprio significado da Educação. Trata-se de uma reflexão epistemológica com motivação antropológica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Gilmar Rocha, Universidade Federal Fluminense

Doutor em Antropologia Cultural pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil; estágio pós-doutoral na mesma instituição; professor do Departamento de Artes e Estudos Culturais da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil;  coordenador do Grupo de Estudos Artesanias, Paisagens Corporais e Culturas Populares (UFF/CNPq).

Citas

BRANDÃO, C. R. Os mestres da folga e da folia. In: SAMPAIO, A. et al. Estrutura e processos sociais de reprodução do saber popular: como o povo aprende? 2. ed. Campinas: Vozes, 1983.

CABRAL, J. de P. A difusão do limiar: margens, hegemonias e contradições. Análise Social, Lisboa, v. 34, n. 153, p. 865-892, 2000. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/i40045733. Acesso em: 15 maio 2021.

CHAGAS, M. Educação, museu e patrimônio: tensão, devoração e adjetivação. In: TOLENTINO, A. (org.). Educação patrimonial: educação, memórias e identidades. João Pessoa: IPHAN, 2013. p. 27-31. (Caderno temático; 3).

CARTA DE NOVA OLINDA. Documento final I Seminário de Avaliação e Planejamento das Casas de Patrimônio. Nova Olinda: Casa do Patrimônio da Chapada do Araripe, 2009. Disponível: portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta_de_nova_olinda.pdf. Acesso em: 18 jun. 2013.

CARRASCO, G. L. de A.; NAPPI, S. C. B. Cemitérios como fonte de pesquisa de educação patrimonial e de turismo. Museologia e Patrimônio, Belém, v. 2, n. 2, p. 46-60, jul./dez. 2009. Disponível em: http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus/article/view/60/73. Acesso em: 12 jun. 2021.

CARVALHO, J. J. de. “Espetacularização” e “canibalização” das culturas populares na América Latina. Anthropológicas, Recife, ano 14, v. 21, n. 1, p. 39-76, 2010. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaanthropologicas/article/view/23675. Acesso em: 18 maio 2021.

CASCO, A. C. A. J. Sociedade e educação patrimonial. Patrimônio: Revista Eletrônica do IPHAN, n. 3, jan.-fev. 2006. Disponível em: http://www.labjor.unicamp.br/patrimonio/materia.php?id=131. Acesso em: 2 ago. 2014.

DURKHEIM, E. Sociologia e educação. 8. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1972.

DURKHEIM, E. A educação moral. Petrópolis: Vozes, 2008.

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA ESCOLA. Documento do Grupo de Trabalho do Encontro Nacional de Educação Patrimonial de São Cristóvão-SE, 2005.

Disponível em: Microsoft Word - Educa347343o Patrimonial na Escola.doc. Acesso em: 15 maio 2021.

FARIA, N. D. M. de; WOORTMANN, E. F. A educação como elemento de socialização para jovens em situação de risco. Hospitalidade, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 49-72, dez. 2009. Disponível em: https://www.revhosp.org/hospitalidade/issue/view/31. Acesso em: 12 maio 2021.

FAVERO, O. (org.). Cultura popular e educação popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro, Graal, 1983, p. 71-75.

FERNANDES, G.; DEMARCHI, J.; SCIFONI, S. (org.). Apresentação: Dossiê Educação Patrimoial. CPC, São Paulo, v. 14, n. 27 esp., p. 7-13, 2019. Doi: 10.11606/issn.1980-4466.v14i27espp7-13. Disponível em: Acesso em 15 maio 2021.

FIGUEIREDO, B.; VIDAL, D. (org.). Museus: dos gabinetes de curiosidades à museologia moderna. Belo Horizonte: Argumentum; Brasília: CNPq, 2005.

FLORÊNCIO, S. Política de educação patrimonial no IPHAN: diretrizes conceituais e ações estratégicas. CPC, São Paulo, n. 27 esp., p. 55-89, 2019. Doi: 10.11606/issn.1980-4466.v14i27espp55-89. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/159666. Acesso em: 15 maio 2021.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 4. ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1986.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FRONZA-MARTINS, A. S. Da magia à sedução: a importância das atividades educativas não formais realizadas em museus de artes. Revista de Educação, Londrina, v. 9, n. 9, p. 71-76, 2006. Disponível em: https://revista.pgsskroton.com/index.php/educ/article/view/2175. Acesso em: 18 jun. 2013.

GALZERANI, M. C. B. Práticas de ensino em projeto de educação patrimonial: a produção de saberes educacionais. Pro-Posições, Campinas, v. 24, n. 1, p. 93-107, abr. 2013. Doi: 10.1590/S0103-73072013000100007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pp/a/JFdFvfGGbWBCgKvM6gsJwrj/?lang=pt. Acesso em: 18 jun 2021.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

GÓES, M.; DORAZIO, N. Relatório I Encontro Nacional de Educação Patrimonial. 2005. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/I_encontro_nacional_de_educ_patrimonial.pdf. Acesso em: 15 maio 2021.

GONÇALVES, J. R. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ; IPHAN, 1996.

GONÇALVES, J. R. Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônios. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.

GRUNBERG, E. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília: IPHAN, 2007. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/EduPat_ManualAtividadesPraticas_m.pdf. Acesso em: 10 maio 2021.

HORTA, M. de L.; GRUNBERG, E.; MONTEIRO, A. Q. (org.) Guia básico de educação patrimonial. 4. ed. Brasília: IPHAN, 1999. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/temp/guia_educacao_patrimonial.pdf.pdf. Acesso em: 20 maio 2021.

HORTA, M. de L. Educação patrimonial. 1999. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/educa%C3%A7%C3%A3o_patrimonial.pdf. Acesso em: 2 ago. 2014.

INGOLD, T. Antropologia e/como educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2020.

LIBÂNEO, J. C. As teorias pedagógicas modernas resignificadas pelo debate contemporâneo na educação. In: LIBÂNEO, J. C.; SANTOS, A. (org.) Educação na era do conhecimento em rede e transdisciplinaridade. São Paulo: Alínea, 2005. p. 19-62.

MARTINS, E. S. Etimologia de alguns vocábulos referentes à educação. Olhares & Trilhas, Uberlândia, n. 6, p. 31-36, 2005. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/view/3475/0. Acesso em: 10 maio 2021.

OLIVEIRA, C. Educação patrimonial no Iphan. 2011. Monografia (Especialização em Gestão Pública) – Escola Nacional de Administração Pública, Brasília, DF, 2011.

PATRIMÔNIO E SOCIEDADE. Documento do Grupo de Trabalho do Encontro Nacional de Educação Patrimonial de São Cristóvão-SE, set. 2005. Disponível em: portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/patrimonio_e_sociedade.pdf. Acesso em: 15 maio 2021.

PEIRANO, M. A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1999.

PEREIRA, J. H. Notas sobre II Encontro Nacional de Educação Patrimonial Iphan Ouro Preto-MG, 17 a 21 de julho de 2011. CPC, São Paulo, n. 13, 2012. Doi: 10.11606/issn.1980-4466.v0i13p141-174. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/15693. Acesso em: 15 maio 2021.

PEREIRA, J. S.; ORIÁ, J. R. Desafios teórico-metodológicos da relação educação e patrimônio. Resgate, Campinas, v. 20, n. 1, 161-171, 2012. Doi: 10.20396/resgate.v20i23.8645738. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8645738. Acesso em: 15 maio 2021.

PIRES, S. (org.). Educação patrimonial: memória e identidade da cidade de Goiás: patrimônio pra que te quero. Goiânia-FO: Superintendência do IPHAN em Goiás, 2010. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/EduPat_EducPatrimonialMemoriaEIdentidade_m.pdf. Acesso em 10 maio 2021.

RIBEIRO, M.; SANTOS, E. de O. Turismo cultural como forma de educação patrimonial para as comunidades locais. Itinerarium, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 73, 2008. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/itinerarium/article/view/137. Acesso em: 18 maio 2021.

ROCHA, G.; RUSSI, A.; ALVAREZ, J. Etnoeducação patrimonial: reflexões antropológicas em torno de uma experiência de formação de professores. Pro-Posições, Campinas, v. 24, n. 2, p. 55-67, ago. 2013. Doi: 10.1590/S0103-73072013000200005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pp/a/nkdBRzcm7v5DFq6BPs4LfnF/abstract/?lang=pt. Acesso em: 20 maio 2014.

ROCHA, G. Educação patrimonial e mediação antropológica. Mouseion, Canoas, n. 23, p. 57-82, abr. 2016. Doi: 10.18316/1981-7207.16.19. Disponível em: https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Mouseion/article/view/2790. Acesso em: 20 ago. 2021.

ROVARIS, N.; WALKER, M. Formação de professores: pedagogia como ciência da educação. In: ANPED SUL, 9., 2012, Caxias do Sul. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/525/640. Acesso em: 10 maio 2021.

SANTOS, B. de S.; MENEZES, M. P. (org.). Epistemologias do sul. Coimbra: Medina, 2009.

SANTOS, B. de S. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do sul. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

SAVIANI, D. Epistemologias e teorias da educação no Brasil. Pro-Posições, Campinas, v. 18, n. 1, p. 15-27, 2007. Disponível em: https://fe-old.fe.unicamp.br/pf-fe/publicacao/2398/52-dossie-savianid.pdf. Acesso em: 15 ago. 2021.

SIVIERO, F. Para além das fronteiras: patrimônio cultural, educação e territórios educativos. CPC, São Paulo, v. 14, n. 27, p. 111-132, 2019. Doi: 10.11606/issn.1980-4466.v14i27espp111-132. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/159098. Acesso em: 15 ago. 2021.

SILVEIRA, F. L.; BEZERRA, M. Educação patrimonial: perspectivas e dilemas. In: LIMA FILHO, M.; ECKERT, C.; BELTRÃO, J. (org.). Antropologia e patrimônio cultural: diálogos e deságios contemporâneos. Blumenau: Nova letra, 2007. p. 81-97.

TOLENTINO, A. (org.). Educação patrimonial: reflexões e práticas. João Pessoa: Superintendência do Iphan na Paraíba, 2012. (Caderno Temático; 2). Disponível em:

http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/EduPat_EducPatrimonialReflexoesEPraticas_ct1_m.pdf. Acesso em: 15 abr. 2021.

TOLENTINO, A. B. Educação patrimonial decolonial: perspectivas e entraves nas práticas de patrimonialização federal. Sillogés, Porto Alegre, v. 1, n. 1, p. 41-69, 2018. Disponível em: http://historiasocialecomparada.org/revistas/index.php/silloges/article/view/12. Acesso em: 15 maio 2021.

TRAJANO FILHO, W. Patrimonialização dos artefatos culturais e a redução dos sentidos. In: SANSONE, L. (org.). Memórias da África: patrimônios, museus e políticas das identidades. Salvador: EDUFBA, 2012. p. 11-40.

Publicado

2021-12-30

Cómo citar

ROCHA, G. Para uma pedagogia do patrimônio. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 20, n. 3, p. 187–211, 2021. DOI: 10.14393/REP-2021-61502. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/61502. Acesso em: 25 ago. 2024.