Missionárias brasileiras em Angola
educação popular, memória e experiência
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2021-61016Palabras clave:
Educação Popular, Paulo Freire, Experiência, MemóriaResumen
O artigo apresenta reflexões sobre práticas interculturais em Angola (África) narradas em 2008 por trinta religiosas da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas (CICAF), ano em que a Congregação celebrava 25 anos de presença missionária entre os vários povos do referido país angolano: Bantu, Kikongo, Umbunto, Ibinda, entre outros. Ao todo são oitenta narrativas publicadas num caderno intitulado Cores da vida: 25 anos de presença em Angola (2010). Na perspectiva de Walter Benjamin, essas religiosas são compreendidas como narradoras, e suas narrativas, permeadas pela memória de aprendizes, constituem-se em experiência. A substância de cada narrativa é a experiência que foi sendo tecida por elementos da vivência, do acontecido, visto ou ouvido, da subjetividade que, ao se enraizar na objetividade, é narrada. Conclui que a rememoração das práticas interculturais, à luz de princípios da Teologia da Libertação e do franciscanismo, toma feições de educação popular. Nesse sentido, no escopo de compreender a experiência das narradoras, o artigo busca relacionar tal experiência com a educação popular em geral e, especialmente, a vinculada ao pensamento de Paulo Freire, que ganhou força na década de 1960.
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