Encontros de formação e relações étnico-raciais
experiências de educação popular em ciências para mulheres em comunidades isoladas no Vale do Ribeira, São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep-v18n12019-45103Palabras clave:
Educação Popular, Gênero, Educação Superior, Relações Étnico-RaciaisResumen
Esse artigo apresenta um modelo de educação popular proposto por religiosas católicas para mulheres carentes no Vale do Ribeira, litoral sul paulista. O objetivo é apresentar como certas práticas educativas possibilitam a conscientização de mulheres agricultoras rurais em comunidades afastadas dos meios urbanos. Evidenciando o fortalecimento de resistências necessárias para a valorização dos modos de viver daquelas populações, foi realizada uma análise de conteúdos sobre materiais didáticos que apresentam os trabalhos educativos das religiosas que configurou a metodologia de trabalho para esta comunicação, assim como a observação participante. Torna-se claro que um processo decolonial não parte de gestores públicos preocupados com os que não têm acesso à escola ou com a educação de adultos. Isso tem seu início quando a própria comunidade resolve se mobilizar e integrar seus moradores para o bem comum. As ações exemplificadas no decorrer deste trabalho podem comprovar que as mulheres que adquiriram maior consciência de seu papel de gênero participaram mais ativamente do mundo e do trabalho e conquistaram aos poucos seus direitos civis e de acesso à cultura. Também ampliaram seu espaço social e passaram a confiar mais em si mesmas e nas suas ações perante a família e a comunidade.
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