Educação comunitária para a participação na gestão democrática de Organização Não Governamental/Ong

Abstract

O presente texto advém de pesquisas realizadas em uma instituição de saúde localizada na cidade de União da Vitória, no Paraná, e tem como objetivo verificar como se configura a prática pedagógica dos docentes que atuam em classes hospitalares. A metodologia adotada foram observações e entrevistas com questões semiestruturadas para os/as professores/as. Atualmente, o professor tem um universo de múltiplas possibilidades de atuação, como presídios, assentamentos, comunidades indígenas e quilombolas, empresas, sindicatos, programas televisivos, abrigos, entre tantos outros territórios educativos, dentre eles os hospitais. Essa diversidade de contextos educacionais tem mostrado que ensinar e aprender já não são mais ações restritas às escolas e que o papel do professor tem recebido outras nuances e se ampliado, assim como os campos para sua atuação. O professor já não é apenas um mediador do conhecimento, ele atende a diversas necessidades e passa a dar visibilidade a funções necessárias e que, até pouco tempo atrás, eram desconhecidas pela população e pelos próprios atores desse cenário tão brilhante que é a educação. A educação é direito de todos e dever do Estado e da família. O direito à educação se expressa como direito à aprendizagem e à escolarização, e toda criança e adolescente têm esse direito garantido, independente do período que irá passar no hospital. A classe hospitalar, além de garantir o direito ao acesso, à manutenção e à continuidade da escolarização, possibilita a redução dos riscos de fracasso escolar ou de evasão do sistema educacional na pós-hospitalização e o papel do docente neste contexto é primordial.