A enfermagem e as práticas integrativas complementares do SUS
a arte como estratégia ao bem-estar de pessoas idosas
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2025-73495Palavras-chave:
Terapias complementares, Arteterapia, Pessoas idosas, Doença crônicaResumo
Estudo de método misto e intervencionista que intersecciona pesquisa e extensão, oriundo de pesquisa guarda-chuva aprovada por comitê de ética, realizado em 12 meses iniciados em setembro/2022, em um núcleo interdisciplinar de cuidados à saúde, com sete mulheres, idade média 70 anos, em enfrentamento por doenças crônicas e anuentes ao estudo. Objetivou conhecer a partir das narrativas de pessoas idosas participantes do referido núcleo quais os efeitos da arteterapia em sua saúde. Como instrumentos um questionário semiestruturado de observação de campo, entrevista com uma pergunta em profundidade e um diário de bordo. Os resultados evidenciaram por meio da estratégia arteterapia, troca de saberes, fazeres e histórias de vida entre as participantes potencializadora de terapia comunitária, que foi significativamente producente e promotora do sentimento de bem-estar, dado que foi observado nos registros da hipertensão e diabetes mellitus tipo 2 que se mantiveram nos níveis de controle durante todo o período de realização da pesquisa. A arteterapia como agente promotora da ‘envelhecência’ se mostrou como uma tecnologia cuidativa de significância à saúde. A dimensão implementação do Modelo RE-AIM foi verificada e colaborando à ação do núcleo em sua atividade de cuidados comunitários à saúde das pessoas.
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