Entre os muros e o conhecimento

a educação de jovens e adultos nos espaços de reclusão de liberdade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2024-71923

Palavras-chave:

Educação de Jovens e Adultos, Reclusão, Escolarização

Resumo

Este estudo investiga a relevância da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos contextos de privação de liberdade, fundamentado na perspectiva da educação popular. Utilizando uma abordagem qualiquantitativa, foram analisados dados estatísticos do sistema prisional brasileiro para examinar o papel da EJA na educação de indivíduos privados de liberdade. Embora prometa explorar a relação entre EJA prisional e educação popular, o estudo revela lacunas na concretização dessa conexão. Também foram discutidas críticas construtivas acerca da necessidade de maior articulação entre práticas educativas, currículos flexíveis e trabalho interdisciplinar para fortalecer o impacto da EJA nessas comunidades. Conclui-se que a educação em prisões não se limita à alfabetização, mas oferece oportunidades para a reconstrução da cidadania e a reintegração social, destacando-se como um instrumento fundamental para romper ciclos de exclusão e criminalidade, de modo a avançar em direção a uma sociedade mais justa e inclusiva.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lívia Barbosa Pacheco Souza, Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Especialista em Coordenação Pedagógica e Supervisão Escolar pela Faculdade Iguaçu, Paraná, Brasil; educadora social na Associação Educacional Salva Dor, Bahia, Brasil.; membro do Grupo de Pesquisa: Educação, Cultura e Subjetividades (EDUCAS-UNILAB).

Gilmara dos Santos Silva, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Mestranda em Estudos de Linguagem: Contextos Lusófonos Brasil-África pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Campus Malês, Bahia, Brasil; professora no Centro Educacional Futuro da Criança, Bahia, Brasil; membro do Grupo de Pesquisa em Educação Linguística e Literária Antirracista (EDULILA Malês-UNILAB) e do Grupo de Estudo, Extensão e Pesquisa Interdisciplinares em Linguagem e Sociedade (GEPELIS-UNILAB).

Referências

BARACHO, Maria das Graças. Fundamentos da educação profissional integrada à EJA. Nóbile. – Natal (recurso eletrônico), 2020.

BRASIL. Decreto-Lei 2.848/1940, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017. 138 p.

CABRAL, Paula. A EJA nos espaços de privação e restrição de liberdade: as apropriações das diretrizes da UNESCO no direcionamento do trabalho de professores. Tese de Doutorado do Programa de Pós- Graduação em Educação – PPGE – da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Orientadora: Profª. Drª Maria Hermínia Lage Fernandes Laffin, Florianópolis, 2019.

CAMMAROSANO, Elenice M. C., FERNANDES, Jarina R.,GODINHO, Ana C. F. A EJA em contextos de privação de liberdade: desafios e brechas à Educação Popular. Educação (Porto Alegre), v. 42, n. 3, p. 465-474, set.-dez. 2019.

COSTA, Samuel, COSTA, Vanessa S., ROCHA, Rita. Alunos da Educação de Jovens e Adultos em privação de liberdade-Quem são? Para onde querem ir? Rio de Janeiro, 2018.

FARIA, Rodrigo Martins. Regimes de cumprimento da pena privativa de liberdade no sistema penitenciário brasileiro. Rio de Janeiro: 2021.

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 36. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

FREIRE, P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. 17. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 42. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

FREUD, Sigmund. O ego e o id, 1923. FREUD, Sigmund. O ego e o id. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 13-72. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 19).

INFOPEN. Levantamento nacional de informações penitenciárias. 2017. Disponível em: < http://www.justica.gov.br/news/estudo-traca-perfil-da-populacao-penitenciaria-feminina-no-brasil/relatorio-mulheres_05-11.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2022.

IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. O DESAFIO DA REINTEGRAÇÃO SOCIAL DO PRESO: UMA PESQUISA EM ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS. Texto para discussão / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.- Brasília : Rio de Janeiro: 2015.

IRELAND, T. D. Educação em prisões no Brasil: direito, contradições e desa- fios. Em Aberto, Brasília, v. 24, n. 86, p. 19-39, nov., 2011. [Dossiê Educação em prisões, organizado por IRELAND, T. D.].

JUNIOR, Paulo de Tasso Moura de Alexandria. Educação carcerária e políticas públicas no Brasil: efetivação e mudanças comportamentais. Dissertação de Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação- grau de Mestre em Educação. Orientador: Prof. Dr. José Wilson Rodrigues Melo, Palmas-TO, 2019.

LOPES, S. P.; SOUSA, L. S. EJA: uma educação possível ou mera utopia? Cereja, v. 1, p. 17-19, 2007.

MAEYER, M. D. .A educação na prisão não é uma mera atividade. Educação & Realidade, Porto Alegre, v.38, n.1, p.33-49, jan./mar. 2013

MAEYER, M. D. Ter tempo não basta para que alguém decida aprender. Em Aberto, Brasília, v. 24, n. 86, p. 43-55, nov., 2011. [Dossiê Educação em prisões, organizado por IRELAND, T. D.].

ONOFRE, Elenice Maria C. Educação escolar para jovens e adultos em situação de privação de liberdade. Cad. Cedes, Campinas, v. 35, n. 96, p. 239-255, maio-ago., 2015.

ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano. Educação escolar na prisão: controvérsias e caminhos de enfrentamento e superação da cilada. In: LOURENÇO, Arlindo da Silva; ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano (org.). O espaço da prisão e suas práticas educativas: enfoques e perspectivas contemporâneas. 1. ed. São Carlos: EdUFSCar, 2011. v. 1. p. 267-285. https://doi.org/10.7476/9788576002963

PANTOJA, Cleia P., DIAS, Alder S., VASQUEZ, E.L., ABREU, W.F. Educação de Jovens e Adultos em contexto de privação de liberdade: análise de narrativas de um sujeito-educando. Revista brasileira de pesquisa (Auto)Biográfica. Salvador, v.04, n10, p. 378-393, 2019.

SOUSA, K. C.; CUNHA, N. S. Perfil dos alunos de Educação de Jovens e Adultos de Teresina. 2010. Disponível em: <http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/VI.encontro.2010/GT.19/GT_19_ 03_2010.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015.

VALASCO, Clara. REIS, Thiago. CARVALHO, Bárbara. LEITE, Carolline. PRADO, Gabriel. RAMALHO, Guilherme. Menos de 1/5 dos presos trabalham no Brasil; 1 em cada 8 estuda. Jornal eletrônico G1, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2019/04/26/menos-de-15-do-presos-trabalha-no-brasil-1-em-cada-8-estuda.ghtml. Acesso em: 25 agosto. 2022.

Downloads

Publicado

14-08-2024

Como Citar

SOUZA, L. B. P.; SILVA, G. dos S. Entre os muros e o conhecimento: a educação de jovens e adultos nos espaços de reclusão de liberdade. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 140–160, 2024. DOI: 10.14393/REP-2024-71923. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/71923. Acesso em: 25 ago. 2024.