Cursinhos populares
história, desafios e contradições
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2023-69956Palavras-chave:
Cursinho popular, Acesso ao ensino superior, Reforma universitária, VestibularResumo
Este artigo aborda o surgimento e a consolidação dos cursinhos populares, contextualizando-os dentro do processo de modernização do Ensino Superior e da origem dos vestibulares. O estudo destaca a importância desses cursinhos populares na democratização do acesso ao Ensino Superior e seus desafios. O artigo, baseado em análise de referencial teórico, identifica os cursinhos populares como resultado de movimentos estudantis contrários a um sistema educacional de herança excludente, oferecendo preparação acadêmica e apoio socioemocional a estudantes de baixa renda. Os principais desafios encontrados foram a escassez de recursos financeiros, a defasagem de capital educacional, a polêmica em relação ao comprometimento dos professores, entre outros. Apesar desses desafios, os cursinhos populares contribuíram para conquistas como a isenção de taxa em vestibulares e a implementação de cotas sociais nas universidades públicas. Ao compreender o surgimento dos cursinhos populares, é possível evidenciar seu impacto na formação da consciência crítica dos jovens e destacar a necessidade de apoio institucional e investimentos que fortaleçam e expandam essas iniciativas. No entanto, foi observada uma possível contradição em alguns cursinhos populares. Existe a preocupação de que alguns cursinhos possam reproduzir a educação excludente e precária que tentam combater.
Downloads
Referências
ARAGÃO, R. C. et al. Cursinho Popular Emancipa: movimento de educação popular. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 14, n. 2, p. 83-92, 2015. DOI 10.14393/rep-v14n22015-art07. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/29589. Acesso em: 15 fev. 2023.
CASTRO, C. A. Cursinhos alternativos e populares: geografias das lutas. Curitiba: Appris, 2019.
CHAUÍ, M. Escritos sobre a universidade. São Paulo: Editora Unesp, 2001.
COSTA, L. S.; ARAGÃO, R. C. Movimento social ou reprodução dos cursinhos pré-vestibulares convencionais?: um estudo do Cursinho Popular Emancipa em Marabá, Pará. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 17, n. 2, p. 10-20, 2018. DOI 10.14393/rep-v17n12018-art01. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/40961. Acesso em: 15 fev. 2023..
CUNHA, L. A. A universidade reformanda: o golpe de 1964 e a modernização do ensino superior. 2. ed. São Paulo: Unesp, 2007.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 66. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2018.
GROPPO, L. A.; OLIVEIRA, A. R. G.; OLIVEIRA, F. M. Cursinho popular por estudantes da universidade: práticas político-pedagógicas e formação docente. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 24, p. 1-24, 2019. DOI 10.1590/S1413-24782019240031. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/WCL98kd9VJkHktFSTKwxcmP/. Acesso em: 15 fev. 2023.
GUIMARÃES, S. Como se faz a indústria do vestibular. Petrópolis: Vozes, 1984. (Coleção Fazer/Ibase).
MENDES, M. T. Inclusão ou emancipação? Um estudo do Cursinho Popular Chico Mendes/Rede Emancipa na Grande São Paulo. 2011. 118 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/33673. Acesso em: 15 fev. 2023.
PEZZI, A. C. Cursinhos – um rito de passagem. In: ANDRADE, R. M. T.; FONSECA, E. F. (org.). Aprovados: cursinho pré-vestibular e população negra. São Paulo: Selo Negro Edições, 2002. p. 63-74.
SANTOS, W. A verdade sobre o vestibular. São Paulo: Ática, 1988.
SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
SILVA, R. B. G. et al. Evasão no cursinho pré-vestibular da FCA/Unesp: a interpretação do aluno evadido. Revista Ciência em Extensão, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 67-82, 2010. Disponível em: https://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/160/338. Acesso em: 15 fev. 2023.
VITORINO, D. C. O cursinho pré-vestibular para negros e carentes da ONG Fonte (Araraquara-SP) à luz dos debates sobre racismo e cultura negra. 2009. 132 f. Dissertação (Mestrado em Educação Escolar) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade
Estadual Paulista, Araraquara, 2009. Disponível em: https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNSP_b95e7f3bf11724c871923aef2d81b87b. Acesso em: 15 fev. 2023.
WHITAKER, D. C. A. Da invenção do vestibular aos cursinhos populares: um desafio para a orientação profissional. Revista Brasileira de Orientação Profissional, Campinas, v. 11, n. 2, p. 289-297, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1679-33902010000200013&script=sci_abstract&tlng=en. Acesso em: 15 fev. 2023.
ZAGO, N. Pré-vestibular popular e trabalho docente: caracterização social e mobilização. Revista Contemporânea de Educação, Rio de Janeiro, v. 4, n. 8, p. 1-22, 2009. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rce/article/view/1585/1433. Acesso em: 15 fev. 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Welber Barros Pinheiro, Marcelo Ricardo Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.