Preceitos religiosos e Covid-19
medo e esperança na política e nas ações comunitárias
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2023-68792Palavras-chave:
Medo, Esperança, Desigualdade social, Covid-19, Processo psicossocialResumo
As consequências da desigualdade social em decorrência da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) foram severas, especialmente no Brasil, devido ao aumento da pobreza, fome e violência. Esse contexto tem contribuído para a expressão de afetos e formas de sociabilidades calcadas na dependência e no medo. O obscurantismo evangélico neopentecostal tem colaborado com a constituição de sujeitos e grupos regidos pela superstição. O objetivo deste ensaio é discutir aspectos da impregnação de preceitos religiosos na política e nas ações comunitárias em contextos de situação de vulnerabilidade social atingidos pela pandemia de Covid-19. A partir do pensamento espinosano, compreendemos que a noção de liberdade é a base para a construção de sujeitos cidadãos que, no coletivo, potencializa-se. Dessa forma, trazemos elementos que se somam às formas de enfrentamento do fatalismo orientados pelo fortalecimento de processos psicossociais cidadãos. Assim, na perspectiva da psicologia social comunitária, pensamos em categorias desestabilizadoras, ou seja, que problematizam e desnaturalizam valores sociais e ético-morais vigentes.
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