Processo educativo de trabalho em economia popular e solidária
um diálogo cotidiano com a Educação Popular
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2023-67989Palavras-chave:
Economia popular e solidária, Educação popular, IncubaçãoResumo
Este artigo faz uma reflexão acerca do processo educativo que envolve os feirantes da Feira de Saberes e Sabores de economia popular e solidária, no cotidiano dela, que ocorre no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), bem como nas itinerâncias em comunidades diversas. A pesquisa se dá a partir do processo de incubação de grupos populares selecionados pela Incubadora de Iniciativas de Economia Popular e Solidária da UEFS (IEPS-UEFS), que lida com uma perspectiva pedagógica de estreita relação com os estudos interdisciplinares mediados pela educação popular na perspectiva da pesquisa-ação. Envolvemo-nos, pesquisadores e pesquisados, em diversas ações que são instrumentos metodológicos, como: reuniões, rodas de conversas, oficinas, círculos de cultura, entre outras que se fizeram necessárias. Como resultados, observamos relevantes enfoques de conceitos e definições, bem como a possibilidade política-educativa-popular que, de forma interdisciplinar, envolve-se no processo de incubação integrado. Concluímos, portanto, que tal processo, desde a busca pela formatação jurídica, pelo associativismo, o cooperativismo ou a sociedade simples, pela formalização dos grupos envolvendo os feirantes no cotidiano da Feira de Saberes e Sabores de economia popular e solidária, tem proporcionado uma dinâmica promovida pela educação popular, que integra conhecimentos, saberes e formas socioeconômicas, produtivas e plurais.
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