A importância do conceito de subjetividade geradora para o enfrentamento da cultura do silêncio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2022-66447

Palavras-chave:

Paulo Freire, Cultura do silêncio, Subjetividade geradora, Pedagogia do Oprimido, Humanização

Resumo

Este texto busca discutir como o conceito de subjetividade geradora, proposto por Carvalho, Kohan e Gallo (2021), pode auxiliar na construção de ações político-pedagógicas para o enfrentamento da cultura do silêncio. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica composta pela leitura crítica do artigo “Paulo Freire e as subjetividades geradoras: um modo de vida filosófico para a educação contemporânea”, de 2021, auxiliada pela análise de obras de Paulo Freire. Os resultados indicam não só a importância do conceito criado pelo trio de autores para se construir ações educativas problematizadoras, mas, também, para analisar os resultados que elas produzem.

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Biografia do Autor

Paulo Roberto Firmino Marques, Universidade de São Paulo

Doutorando em Educação na Universidade de São Paulo, Brasil; professor da rede municipal de ensino de Cajamar, São Paulo, Brasil.

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Publicado

30-12-2022

Como Citar

MARQUES, P. R. F. A importância do conceito de subjetividade geradora para o enfrentamento da cultura do silêncio. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 21, n. 3, p. 21–35, 2022. DOI: 10.14393/REP-2022-66447. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/66447. Acesso em: 22 dez. 2024.