A corporeidade e a dialética da opressão/libertação
aproximações filosófico-pedagógicas à perspectiva do “ser mais” freiriano
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2022-64313Palavras-chave:
Corporeidade, Educação Popular, Educação Física EscolarResumo
O presente artigo é resultado de uma conferência proferida no dia 2 de abril de 2021 na sala virtual do Grupo de Educação Ambiental Dialógica (Gead) da Universidade Federal do Ceará. Trata-se de uma reflexão surgida no campo da Educação Física Escolar que teve como objetivo estabelecer uma relação dialética entre a noção do “ser mais” em Paulo Freire e de Corporeidade enquanto forma de apresentação do ser humano no mundo como sujeito de práxis. Para tanto, partimos da constatação de que para este autor o ser humano não pode nem deve ser concebido como uma dualidade “mente/corpo” ou “espírito/corpo” por ser reprodutora de visões binárias e dicotomizadas de mundo. E de que a superação deste tipo de visão ideológica, relacionada com mecanismos de alienação e opressão, implica a construção de uma Educação Popular unitária, não unilateral, capaz de enfrentar e quebrar os alicerces de tais mecanismos, e sua correspondente materialização na forma de “culturas de silêncio”. Nesse contexto, Freire cunharia a noção do “ser mais”, a partir da qual deixaria explícita, também, no nosso entendimento, uma concepção dialética de corporeidade.
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