Movimento #EleNão
construindo uma educação como prática da liberdade para/pelas mulheres
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2022-63582Palavras-chave:
Movimento #EleNão, Educação, Mulheres, Movimento FeministaResumo
A organização e a atuação do movimento feminista têm demonstrado historicamente que as mulheres são fundamentais na construção de saberes e práticas promotoras de uma educação política e em defesa dos direitos humanos mesmo que elas ocupem lugares subalternos na sociedade. Em tempos de retrocessos democráticos, alimentados por uma política conservadora e de profundo ataque aos direitos das mulheres, sobretudo no Brasil, se faz necessária a busca de novas alternativas e estratégias de militância. Nas eleições presidenciais de 2018, diante da iminência de um político conservador ocupar a presidência do Brasil, as mulheres organizaram um movimento por meio das redes sociais chamado #EleNão, com o objetivo de discutir e conscientizar as mulheres sobre o perigo que a vitória de Jair Messias Bolsonaro representaria. A partir dos conceitos de autonomia e esperança propostos por Paulo Freire e pela educação popular, buscamos discutir como o movimento trouxe desdobramentos importantes para o movimento feminista e evidenciou as mulheres como uma das principais frentes de resistência ao conservadorismo, contribuindo para a construção de uma educação como prática da liberdade.
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