Vingar com a palavra:
O que pode uma geografia escrever?
DOI:
https://doi.org/10.14393/b11v3t19Palavras-chave:
Literatura, Experiência de Vida, Mulheres, Corpo HumanonResumo
No enlace com a literatura feita por mulheres pude ver e sentir vingar uma geografia que não se distanciava da vida, das nossas vidas. Por isso, com uma vida que se vive no ato de escrever, brinco, a partir de Annie Ernaux e Conceição Evaristo, com o sentido do verbo vingar para trazer a ambiguidade de nossas experiências. Com a palavra vingamos: nascemos, subvertemos, reivindicamos nossas existências. Nesse movimento, reconhecemos nosso laço mais íntimo, aquele que é feito a partir da relação entre o mundo e nossos corpos. Escrevivência nomeia essa escrita que se abre como caminho plural de entendimento de uma escrita que não se aparta da vida, não se faz sem um lugar, sem uma geografia. Neste trabalho, portanto, a Geografia ganha outros contornos, interrogações que dão impulso de possibilidade para (re)escrevermos o mundo.
Referências
Beauvoir, S. (2016). O segundo sexo: fatos e mitos. (3a. ed.). Nova Fronteira.
Beauvoir, S. (2020). Memórias de uma moça bem-comportada. Nova Fronteira.
Cixous, H. (2022). O riso da medusa. Bazar do Tempo.
Ernaux, A. (2023). A escrita como faca e outros textos. (M. Delfini Trad.). Fósforo.
Evaristo, C. (2018). Olhos d'água. Pallas.
Evaristo, C. (2020). A escrevivência e seus subtextos. In: Duarte, C. L., & Nunes, I. R. (Orgs.). Escrevivência: a escrita de nós - reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Mina Comunicação e Arte.
Evaristo, C. (2020). Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento da minha escrita. In: Duarte, C. L., & Nunes, I. R. (Orgs.). Escrevivência: a escrita de nós - reflexões sobre a obra deConceição Evaristo. Mina Comunicação e Arte.
Ferrante, E. (2023). As margens e o ditado. (L. Alves Trad.). Intrínseca.
Oliveira, L., & Marandola Jr, E. & Oliveira, L. (2009). Geograficidade e espacialidade na Literatura. Geografia, 34(3), 487-508. https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/4795/3949
Oyeyumi, O. (2021). A invenção das mulheres: A construção africana dos discursos ocidentais sobre gênero. (W. F. Nascimento Trad.). Bazar do Tempo.
Paula, F. C. (2017). Resiliência encarnada do lugar: vivência do desmonte na Linha (Brasil) e em Mourenx (França). [Tese de doutoramento, Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas]. Repositório Aberto da Universidade Estadual de Campinas. https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/989548
Paula, F. C. (2020). Ferida de outono: Sobre literatura, corpo e presentificação da geograficidade. Revista da ANPEGE, 16(31), 243–258. https://doi.org/10.5418/ra2020.v16i31.12541
Paula, F. C. (2024). Ser corpo-negro: con-vívio, dis-córdia e presença nos lugares e territórios. In: Silva, C. A.; Furlan, R. (Orgs.). Figuras da carne: diálogos com Merleau-Ponty. Cultura Acadêmica.
Silva, J. M. (2020). Relatos de si’: eu, a Geografia e o indizível no campo científico. Caderno Prudentino de Geografia, 2(42), 173-189. https://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/view/7888/0
Telles, L. F. (2020). Durante aquele estranho chá. Companhia das Letras.
Tuan, Y-F. (2013). Espaço e Lugar: A Perspectiva da Experiência. (L. Oliveira Trad.), EDUEL.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Fernanda de Faria Viana Nogueira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
