O questionamento do irrepresentável em Jacques Rancière
A propósito de The Disintegration Loops, de William Basinski
DOI:
https://doi.org/10.14393/OUV-v17n1a2021-54655Palabras clave:
Jacques Rancière, William Basinski, Irrepresentável, SublimeResumen
Em sua vasta obra, Jacques Rancière tem apontado com recorrência para modos de entendimento da noção de representação e suas normativas de organização do fazer, do ver e do julgar. Este texto procura esclarecer em que medida se torna possível estimar, nos registros do que Rancière denomina o “regime estético das artes”, a expressão artística de acontecimentos ditos impensáveis ou irrepresentáveis. Analisar nessa chave a obra (musical e visual) de William Basinski The Disintegration Loops, em torno doa atentados de 11 de setembro de 2001, permite pensar modos de inserção de uma arte não representativa no interior de um contexto de resposta afetiva à catástrofe, bem como questionar criticamente a valorização do conceito de sublime sobre o pano de fundo de uma suposta crise pós-moderna da representação.
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