Uma geografia sensível a um centro
as poéticas de Marília Garcia na paisagem da poesia contemporânea brasileira
DOI:
https://doi.org/10.14393/OUV-v16n1a2020-50960Palavras-chave:
Marília Garcia, Poesia contemporânea brasileira, DeslocamentoResumo
A poética de Marília Garcia, jovem poeta brasileira agraciada com o primeiro lugar do importante prêmio Oceanos de literatura de língua portuguesa em 2018, é o tema deste artigo, como uma leitura metonímica da produção de uma geração de poetas contemporâneos brasileiros. A abordagem se dá pelo viés flagrado pelo também poeta e tradutor Paulo Henriques Britto, que vê um cosmopolitismo entre tais jovens poetas. Neste texto, levanto a hipótese de que esse cosmopolitismo resvala em uma cartografia própria no trabalho de Garcia, em uma geografia desconcertante e de movimento incessante, tirando o leitor de seu lugar e colocando-o em território di/verso. Tal cosmopolitismo será entendido menos como uma antropofagia dos novíssimos poetas e mais como uma “mutuofagia” que não problematiza a “cor local” brasileira. Finalmente, defendo que o deslocamento é o procedimento poético por excelência de Garcia, como espécie de metodologia poética em que o método é o poema.
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