PODE A SUBALTERNA NEGRA FALAR NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL?

Authors

  • Tiago Resende Botelho Universidade de Coimbra e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Abstract

Resumo

O artigo é fruto do seminário Teoria do Feminismo no Doutoramento de Estudos Feministas da Universidade de Coimbra na primavera do ano de 2014. O marco teórico encontra-se na indiana Gayatri Chakravorty Spivak em seu ensaio Can the Subaltern Speak? - Pode o subalterno falar? Apropriando-se dos conceitos de subalternidade e representação adotados pela autora, o estudo se constrói no seguinte questionamento: pode a subalterna negra falar na assembleia legislativa do estado de Mato Grosso do Sul? Primeiramente, far-se-á um apanhado do ensaio de Spivak. Logo após, apresentar-se-á um panorama da realidade da assembleia legislativa de tal estado brasileiro, tendo como recorte temporal os anos de 1977 a 2014. Por fim, constatando a inexisté‚ncia da mulher negra neste espaço legislativo por trinta e sete anos, questionar-se-á a legitimidade representativa da mulher negra. O artigo busca colaborar para o debate teórico-crítico-político sobre os estudos da subalternidade e representação, numa perspectiva regionalizada, tentando encontrar espaço para a voz e o lugar daquelas que são silenciadas pelo poder hegemó‚nico. A metodologia do estudo foi desenvolvida utilizando o método hermené‚utico, por atender os objetivos propostos e vale-se da pesquisa bibliográfica como fonte para a construção argumentativa do conhecimento científico.

Palavras-chave: Assembleia Legislativa. Falar. Representação. Silenciados. Subalterna. Mulher. Negra.

Resumen

El artículo es el resultado del seminario Teoría del Feminismo del Doctorado Estudios del Feminismo de la Universidad de Coimbra en la primavera del 2014. El marco teórico se encuentra en el ensayo de la india Gayatri Chakravorty Spivak, ¿Can the Subaltern Speak? - ¿Puede hablar el subalterno? Apropiándose de los conceptos de subalternidad y representación adoptados por la autora, el estudio se basa en la siguiente pregunta: ¿puede la subalterna negra hablar en la Asamblea Legislativa del estado de Mato Grosso do Sul? En primer lugar, se hará una resumen del ensayo de Spivak. Luego, se presentará un panorama general de la realidad de la Asamblea Legislativa de dicho Estado en el Brasil, teniendo como marco de tiempo los años de 1977 a 2014. Por último, teniendo en cuenta la falta de mujeres negras en este ámbito legislativo de treinta y siete años, se cuestionará la legitimidad representativa de las mujeres negras -. El artículo pretende contribuir al debate teórico y crítico-político en los estudios de la subalternidad y representación en una perspectiva regionalizada, tratando de encontrar espacio para la voz y el lugar de los que son silenciados por el poder hegemónico. La metodología del estudio se ha desarrollado utilizando el método hermenéutico para cumplir con los objetivos propuestos y la investigación bibliográfica como fuente para la construcción argumentativa del conocimiento científico.

Palabras clave: Asamblea Legislativa. Hablar. Representación. Silenciada. Subalterno. Mujer. Negro. 

Downloads

Download data is not yet available.

Published

2015-04-16

How to Cite

Botelho, T. R. (2015). PODE A SUBALTERNA NEGRA FALAR NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL?. Caderno Espaço Feminino, 27(2). Retrieved from https://seer.ufu.br/index.php/neguem/article/view/27198

Issue

Section

Artigos