DESIGUALDADE DE GÊNERO NO SISTEMA PRISIONAL: considerações acerca das barreiras à realização de visitas e visitas íntimas às mulheres encarceradas

Autores

  • Magali Oliveira fdv
  • andre filipe santos

Resumo

O artigo pretende discutir a disparidade entre os direitos de visita e visita íntima das mulheres e dos homens que se encontram em situação de encarceramento, destacando a essencialidade destes direitos para manutenção dos laços familiares e afetivos dos reclusos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica para levantamento da situação dos presídios femininos brasileiros. Constatou-se larga desigualdade no que se refere às visitas e visitas íntimas às mulheres encarceradas e aos homens encarcerados, por inúmeros fatores, que vão desde os entraves impostos pelos próprios estabelecimentos prisionais, como restrição dos horários de visita e necessidade de comprovação de vínculo parental, até discriminações em razão do gênero, vez que o homem recompõe suas relações mais facilmente e, em geral, abandona a companheira reclusa por uma questão cultural de atribuição do espaço social do crime ao gênero masculino. Percebeu-se também uma tendência ao estabelecimento de relações gays entre as mulheres encarceradas como forma de suprir a ausência de visitas e visitas íntimas. Conclui-se a emergente necessidade de mudança neste quadro, de forma a proporcionar às mulheres encarceradas a efetividade de seus direitos à visita e à visita íntima, garantidos constitucionalmente.

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Publicado

2012-12-18

Como Citar

Oliveira, M., & santos, andre filipe. (2012). DESIGUALDADE DE GÊNERO NO SISTEMA PRISIONAL: considerações acerca das barreiras à realização de visitas e visitas íntimas às mulheres encarceradas. Caderno Espaço Feminino, 25(1). Recuperado de https://seer.ufu.br/index.php/neguem/article/view/15095

Edição

Seção

Artigos