O uso de mapas conceituais na identificação de obstáculos à aprendizagem de um tema que gera conflito entre ciência e crença: a origem da vida

Contenido principal del artículo

Núbia Costa Nascimento
Rosiléia Oliveira de Almeida
Fábio Luís Alves Pena

Resumen

Ensinar ciências envolve obstáculos, sendo que, quando o tema suscita conflitos, o desafio é ainda maior. Esta pesquisa objetivou identificar quais são os principais obstáculos no aprendizado de um tema que gera conflito entre ciência e religião: a origem da vida. Os participantes da pesquisa foram 141 estudantes do IFBA de Simões Filho, que cursavam o 3º ano do Ensino Médio. Os alunos elaboraram dois mapas conceituais, que foram analisados qualitativamente. Foram identificados seis obstáculos: 1 – diferença entre a bagagem de conhecimento científico e religioso, 2 – divulgação de informações científicas erradas em meios de comunicação, 3 – confusões sobre o significado de teoria e lei, 4 – conhecimentos prévios equivocados, 5 – rejeição das teorias científicas por razões religiosas e 6 – postura cientificista de professores durante as aulas. O conhecimento científico pode contribuir para um pensar crítico, mas é essencial respeitar a diversidade sociocultural, como também seus contextos de aplicação, para assim se construir uma sociedade cada vez mais igualitária e justa.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Nascimento, N. C. ., Almeida , R. O. de ., & Pena, F. L. A. . (2019). O uso de mapas conceituais na identificação de obstáculos à aprendizagem de um tema que gera conflito entre ciência e crença: a origem da vida. Ensino Em Re-Vista, 26(Especial), 1217–1237. https://doi.org/10.14393/ER-v26nEa2019-12
Sección
Artículos

Citas

ALMEIDA, L. M. W.; FONTANINI, M. L. C. Aprendizagem significativa em atividades de modelagem matemática: uma investigação usando mapas conceituais. Investigações em Ensino de Ciências, v. 15, n. 2, p. 403-425, 2010. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/302/197. Acesso em: 01 fev. 2019.

ALTERS, B. J. Teaching biological evolution in higher education. Methodological, religious and nonreligious issues. Canada: Jonas and Bartlett Publishers, 2004. 261p.

ARAÚJO, C. A. A. A ciência como forma de conhecimento. Rev. Ciência e Cognição, v. 8, p. 127-142, 2006. Disponível em: pepsic.bvsalud.org/pdf/cc/v8/v8a14.pdf. Acesso em: 01 fev. 2019.

AUSUBEL, D. P. Adquisición y retención del conocimiento: Uma perspectiva cognitiva. Barcelona: Ed. Paidós Ibérica, 2000. 325p.

_______. Educational Psychology: A cognitive view. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1968. 733p.

BAPTISTA, G. C. S. Do cientificismo ao diálogo intercultural na formação do professor e ensino de ciências. Interacções, n. 31, p. 28-53, 2014. Disponível em: . Acesso em: 01 fev. 2019.

COBERN, W. The nature of science and the role of knowledge and belief. Science & Education, v. 9, p. 219-246, maio 2000. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1023/A:1008747309880. Acesso em: 01 fev. 2019.

COBERN, W.; LOVING, C. C. Defining science in a multicultural world: implications for science education. Science Education, New York, v. 85, n. 1, p. 50-67, 2001. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/240858807_Defining_science_in_a_multicultural_world_Implications_for_science_education. Acesso em: 01 fev. 2019.

FOUREZ, G. Crise no ensino de ciências? Investigações em Ensino de Ciências, v. 8, n. 2, p. 109-123, 2003. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/542/337. Acesso em: 01 fev. 2019.

HANLEY, P.: BENNETT. J.; RATCLIFFE, M. The inter-relationship of science and religion: A typology of engagement. International Journal of Education, v. 36, n. 7, p. 1210-1229, 2014. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09500693.2013.853897. Acesso em: 01 fev. 2019.

MARQUES, F. Visões nubladas. Pesquisa FAPESP, Edição 236, p. 40-43, out. 2015. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/10/14/visoes-nubladas/. Acesso em: 01 fev. 2019.

MARUYAMA, U.; BRAGA, M.; GUERRA, A. Leis e teorias: identificando aspectos sobre visões de natureza da ciência em estudantes do ensino médio num curso de física experimental. In: VIII ENPEC, 2011. Campinas. Anais... Abrapec, 2011, 8p. Disponível em: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0257-1.pdf. Acesso em: 17 jun. 2017.

MELLO, A. C. Evolução biológica: concepções de alunos e reflexões didáticas. 2008. 114 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática). Faculdade de Física, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/3048. Acesso em: 01 fev. 2019.

MILLER J. D; SCOTT E. C.; OKAMOTO, S. Public acceptance of evolution. Science, v. 313, p. 765-766, aug. 2006. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/6885439_Public_Acceptance_of_Evolution. Acesso em: 01 fev. 2019

MOREIRA, M. A. O que é afinal aprendizagem significativa? Qurriculum: Revista de Teoría, Investigación y Práctica Educativa, La Laguna, Espanha, n. 25, p. 29-56, mar. 2012. Disponível em: http://moreira.if.ufrgs.br/oqueeafinal.pdf. Acesso em: 01 fev. 2019.

______. ¿Aprendizagem significativa: um conceito subjacente? In: ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, 1997, Burgos, Espanha. Actas. Burgos: Enas, 1997, 27f. Disponível em: . Acesso em: 01 fev. 2019.

MORESI, E. Metodologia da Pesquisa. Univ. Católica de Brasília, 2003. 108p. Disponível em: https://inf.ufes.br/~pdcosta/ensino/2010-2-metodologia-de-pesquisa/MetodologiaPesquisa-Moresi2003.pdf. Acesso em: 19 abr. 2019.

MOTA, H. S. Evolução Biológica e Religião: atitudes de jovens estudantes brasileiros. 2013. 272 f. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-28012014-143821/pt-br.php. Acesso em: 01 fev. 2019.

NASCIMENTO, N. C. A aprendizagem de um tema que gera conflito entre ciência e crença: Uma investigação com estudantes do ensino médio técnico. 2017. 250 f. Tese (Doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências). Instituto de Física, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24737. Acesso em: 01 fev. 2019.

OLIVEIRA, G. S. Evolução biológica e os estudantes brasileiros: conhecimento e aceitação. 2015. 315 f. Tese (Doutorado em Educação) Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/48. Acesso em: 01 fev. 2019.

______. Aceitação/rejeição da evolução biológica: atitudes de alunos da educação básica. 2009. 162 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-26022010-093911/pt-br.php. Acesso em: 01 fev. 2019.

PORTO, P. R. A.; FALCÃO, E. B. M. Teorias da origem e evolução da vida: dilemas e desafios no ensino médio. Rev. Ensaio, Belo Horizonte, v. 12, n. 3, p.13-30, set./dez. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-21172010000300013&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 01 fev. 2019.

SILVA, H. M.; SILVA, P. R.; SOUZA, A. C. L.; ARAUJO, E. S. N. N. A influência da religiosidade na aceitação do evolucionismo: um estudo em uma amostra da população brasileira. Conexão Ciência, Formiga, v. 8, n. 1, p. 1-19, jan./jun. 2013. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/321786763_A_influencia_da_religiosidade_na_aceitacao_do_evolucionismo_um_estudo_em_uma_amostra_da_populacao_brasileira. Acesso em: 01 fev. 2019.

TRIGO, E. D. F. Ciências, um convidado especial na sala de aula de Biologia – Estudo exploratório de um encontro cultural entre ciência e religião no Ensino Médio. 2005. 260 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Educacional para a Saúde do NUTES), Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.