Escola de Tempo Integral no Estado de São Paulo e a questão curricular

Conteúdo do artigo principal

Maria Izaura Cação

Resumo

Este ensaio relaciona currículo escolar aos atuais debates sobre educação integral no Brasil, referenciando-se à pesquisa em realização em escola da rede pública estadual paulista, cujo objetivo é contribuir para o processo de formação continuada de professores e gestores de Escola de Tempo Integral (ETI), mediante o Núcleo de Ensino de Marília. Questiona como o currículo do Ensino Fundamental torna-se ação no cotidiano escolar e como a prática pedagógica nas salas regulares, 1o a 5o ano, e nas Oficinas Curriculares converge para finalidades apontadas no projeto educativo. Constata o distanciamento entre a dinâmica das aulas ministradas em salas de Ensino Fundamental I, a cargo de professores em sua maioria vinculados à escola (PEB I), e oficinas oferecidas no contraturno, realizadas por professores PEB II sem vínculo e diferentes a cada ano: fator, dentre outros advindos da estruturação da ETI, apontado pelos trabalhadores como dificultador à construção da identidade escolar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Cação, M. I. (2017). Escola de Tempo Integral no Estado de São Paulo e a questão curricular . Ensino Em Re-Vista, 1(1), 471–496. https://doi.org/10.14393/v24n2a2017-09
Seção
ARTIGOS DE DEMANTA CONTÍNUA

Referências

ABRAÃO, R. C. R. A Nova Proposta Curricular do Estado de São Paulo (2008) -vivências nas escolas públicas paulistas: desafios para a ação gestora. 2011. 161f. Tese (Doutorado) -Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -PUC, São Paulo, 2011.

BARROS, H. F. et al. (2010). Trajetória do Núcleo de Ensino de Marília: caminho de integração entre ensino, pesquisa e extensão. In: MENDONÇA, S. G. L.; Barbosa, R. L. L.; Vieira, N.R. (Orgs.).Núcleos de Ensino da Unesp: memórias e trajetórias. São Paulo: Cultura Acadêmica: Universidade Estadual Paulista, PROGRAD, p. 180-208.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional da Educação. Câmara Nacional de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.562p.

FELÍCIO, H. M. S. Análise curricular da escola de tempo integral na perspectiva da educação integral.Revista e-curriculum, São Paulo, v.8 n.1, 2012.

GALIAN, V. A; SAMPAIO, M. M. F. Educação em tempo integral: implicações para o currículo da escola básica. Currículo sem fronteiras, v. 12, n. 2, p.

-422, maio/ago. 2012. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2015.

GRUNDY, S. Producto o práxis del curriculum. Madrid: Morata, 1991.

IBIAPINA, I. M. L. M. Pesquisa colaborativa: investigação, formação e produção de conhecimentos. Brasília: Líber Livros, 2008.

KEMMIS, S. El curriculum: más allá de la teoria de la reproducción. Madrid: Morata, 1988.

MACEDO, R. S. Currículo:campo, conceito e pesquisa. Petrópolis: Vozes, 2007.

MOREIRA, A. F. B. Sobre a qualidade na Educação Básica. In: BRASIL: Ministério da Educação: Secretaria de Educação a Distância. Currículo: questões contemporâneas. Salto Para o Futuro, Ano XVIII, Boletim 22, 2008. Disponível em: <http://tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/182618Curriculo.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2015.

______.CANDAU, V. M. Indagações sobre currículo: currículo, conhecimento e cultura. Organização do documento BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S.D.; NASCIMENTO, A.R. Brasília: Ministério da Educação: Secretaria de Educação Básica, 2007.

PARO, V. H.; FERRETI,C.J; VIANA, C. P.; SOUZA, D. T. R. A escola pública de tempo integral: universalização do ensino e problemas sociais. Cadernos de Pesquisa, n. 65, p. 11-20, mai. 1988. Disponível em: . Acesso em 05 jan. 2015.

PONTECORVO, C. Teoria do currículo e sistema italiano de ensino. In: MARAGLIANO, R. et al. Teoria da didática. São Paulo: Cortez, 1986, p. 37-71.

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2000.

______. A função aberta da obra e seu conteúdo. In: ______. (Org.).Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2013, p. 9-14.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Resolução SE n. 89, de 09 de dezembro de 2005.Disponível em: .

______. Resolução SE n. 85, de 19 de dezembro de 2013. Dispõe sobre a reorganização curricular do Ensino Fundamental, na Escola de Tempo Integral –ETI, e dá providências correlatas. Disponível em: <http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/85_13%20.HTM?Time=15/01/2015%2016:55:06>. Acesso em 12 dez. 2014.

______. Resolução SE n. 53, de 03 de outubro de 2014.Dispõe sobre a organização do Ensino Fundamental em Regime de Progressão Continuada e sobre Mecanismos de Apoio Escolar aos alunosdos Ensinos Fundamental e Médio das escolas estaduais. Disponível em: <http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/53_14.HTM?Time=15/01/2015%2016:37:38>. Acesso em 12 jan. 2015.

______. Coordenadoria e Estudos e Normas Pedagógicas. Diretrizes Curriculares da Escola de Tempo Integral–tempo e qualidade. São Paulo: CENP, 2006.

______. Educação Integral. Escola de Tempo Integral / Aluno em Tempo Integral. São Paulo: CENP, 2011. Disponível em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CB0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.educacaoassis.com.br%2Fupl>. Acesso em 10 jan. 2015.

SILVA, T.T. Documentos de identidade–uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.