Scuole italiane all’estero: livros de leitura para as escolas italianas no Brasil (São Paulo/SP- 1911-1931)

Contenu principal de l'article

Claudia Panizzolo

Résumé

A proposta deste texto é pensar a história da educação privilegiando a investigação acerca da política nacionalista italiana e das propostas educacionais que para cá foram trazidas. Tem como objetivo  investigar os valores veiculados e prescritos para o fomento da italianidade e dos laços com a pátria-mãe nos estudantes, crianças italianas e filhas de italianos, pertencentes ao grupo de imigrantes italianos que se fixou no núcleo colonial de São Caetano- SP, para tanto toma como fonte privilegiada a edição de 1910 do livro de leitura Piccolo Mondo destinado à quarta classe para o ensino de meninos e de meninas da escola elementar criada pela Società di Mutuo Soccorso Principe di Napoli. Este trabalho se insere em uma perspectiva amplamente difundida pela Escola dos Annales que possibilitou a abertura de novas fronteiras interpretativas, a ampliação das fontes documentais e o alargamento de horizontes investigativos, dentre os quais se destaca os estudos da cultura material. Os livros de leitura ao constituírem a cultura da escola, não integram essa cultura de modo arbitrário, pelo contrário, são organizados e utilizados com intencionalidade, como portadores de uma dimensão da cultura social mais ampla.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Renseignements sur l'article

Comment citer
Panizzolo, C. (2019). Scuole italiane all’estero: livros de leitura para as escolas italianas no Brasil (São Paulo/SP- 1911-1931). Cadernos De História Da Educação, 18(2), 351–367. https://doi.org/10.14393/che-v18n2-2019-5
Rubrique
Dossiê: Escolarização, livros escolares e movimentos migratórios
Biographie de l'auteur-e

Références

ALVIM, Z. M. F. O Brasil Italiano (1880-1920). In: FAUSTO, B.(org). Fazer a América. 2ª ed. São Paulo: EDUSP, 2000. p. 383-418.

ASCENZI, A; SANI, R. Il libro per la scuola tra idealismo e fascismo: l’opera della Commisione centrale per l’esame dei libri di testo da Giuseppe Lombardo Radice ad Alessandro Melchiori (1923-1928). Milano: Vita e Pensiero, 2005. (Pedagogia e Scienze dell’educazione).

BARAUSSE, A. Livros didáticos e “italianidade” nas escolas italianas do Brasil: entre liberalismo e fascismo. Anais do XI Congresso Luso- Brasileiro de História da Educação. Porto: Centro de investigação transdisciplinar cultura, espaço e memória. 2016. https://doi.org/10.4000/nuevomundo.3720.

BARAUSSE, A. Il libro per la scuola dall’unità al fascismo: la normativa sui libri di testo dalla legge Casati alla Riforma Gentile (1861- 1922). Macerata: Alfabetica Edizioni, 2008. (Fonti e documenti 2).

BAGAGLI, C. Letture classe terza: scuole italiane all’estero. s/editora, 1933.

BIONDI, L. Classe e nação: trabalhadores e socialistas italianos em São Paulo, 1890-1920. Campinas: UNICAMP, 2011. https://doi.org/10.4000/nuevomundo.3720.

BERTONHA, F. O fascismo e os imigrantes italianos no Brasil. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.(Coleção História – 40).

CENNI, F. Italianos no Brasil: “Andiano in Merica”. 3ª ed. São Paulo: EDUSP, 2003.

CHARTIER, R. A história hoje: dúvidas, desafios, propostas. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 7, n. 3, p. 97-113, 1994.

CHIOSSO, G. L’Italia alfabeta: libri di texto e editoria scolastica tra otto e primo Novecento. Quaderni del CIRSIL, n. 6 , p. 1-23, 2007.

CHOPPIN, A. O historiador e o livro escolar. História da Educação, Pelotas, v.6, n.11, p.5-24, 2002.

DELL’AIRA, A. Longo estudo, grande amor: história do Istituto Medio Italo-Brasiliano Dante Alighieri de São Paulo. São Paulo: Annablume, 2011.

DUBY, G. A história continua. Trad.: Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. / UFRJ, 1993.

ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, vol. 1, 1994.

FANFULLA. Il Brasile e gli italiani. Firenze: R. Bemporad &figlio, 1906.

FLORIANI, G. Scuole italiane all’estero: cento anni di storia. Roma: Armando Editore, 1974.

GALFRÉ, M. Il regime degli editori: libri, scuola e fascismo. Roma: Editori Laterza. 2005.

LUCHESE, T. Â. Produção, circulação e preservação de livros escolares italianos no Brasil (1875-1945). Anais do X Congresso Luso Brasileiro de História da Educação- COLUBHE. Paraná: Curitiba, 2014, p. 1-15. https://doi.org/10.1590/2236-3459/68894.

MARTINS, J.de S. Subúrbio: vida cotidiana e história no subúrbio da cidade de São Paulo: São Caetano, do fim do Império ao fim da República Velha. São Paulo/São Caetano: Hucitec/ Prefeitura de São Caetano do Sul, 1992. (Série Histórica 3). https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0i127-128p211-213.

MIMESSE, E. As aventuras e desventuras cotidianas das crianças em São Caetano no início do século XX. In: MIMESSE, E. (org). Bambini brasiliani: a infância das crianças italianas e ítalo-brasileiras. Jundiaí: Paco Editorial, 2013. p. 19-54. https://doi.org/10.5585/eccos.n32.4482.

NOVAES, M. C. Nostalgia. São Paulo/São Caetano do Sul: Meca/ PMSCS, 1991. (Série histórica São Caetano do Sul). https://doi.org/10.11606/d.6.2001.tde-02022011-180055.

PAIVA, O da C; MOURA, S. Hospedaria de imigrantes de São Paulo. São Paulo: Paz e Terra, 2008. (Coleção São Paulo no bolso). https://doi.org/10.11606/d.8.2013.tde-09122013-105945.

PANIZZOLO, C. Livros de leitura, dizeres e fazeres da escola primária étnica italiana no Brasil entre fins do século XIX e início do século XX: o estudo do livro Piccolo Mondo, letture per le scuole elementari. Anais do XI Congresso Luso- Brasileiro de História da Educação. Porto: Centro de investigação transdisciplinar cultura, espaço e memória. 2016. https://doi.org/10.19146/pibic-2015-37185.

PEPE, G. La scuola italiana in San Paolo del Brasile. São Paulo: Pocai, 1916.

REVEL, J. Os usos da civilidade. In: ARIÈS, P., CHARTIER, R. (Orgs). História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes – São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p.169-210. https://doi.org/10.21669/tomo.v0i0.4918.

ROMAGNOLI, F; ALBERTONI, S. Piccolo Mondo: letture per le scuole elementari. Firenze: Bemporad, 1910.

SALVETTI, P. Governo italiano, diplomacia e escolas italianas no exterior. In: LUCHESE, T. (org). História da escola dos imigrantes italianos em terras brasileiras. Caxias do Sul: EDUCS, 2014. p. 57-78. https://doi.org/10.4025/rbhe.v16i1.909.

SÃO PAULO. Anuário do Ensino do Estado de São Paulo: publicação organizada pela Inspectoria Geral do Ensino por ordem do Governo do Estado. São Paulo: Typ. Siqueira, 1909. https://doi.org/10.29289/259453942018v28s1057.

SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. https://doi.org/10.5585/eccos.n46.8915.

SOCIETÀ DI MUTUO SOCCORSO PRINCIPE DI NAPOLI. Statuto della Società di Mutuo Soccorso Principe di Napoli di San Gaetano. São Paulo, 1922. https://doi.org/10.2307/2220943.

TRENTO, A. Do outro lado do Atlântico: um século de imigração italiana no Brasil. São Paulo: Nobel, 1988.

TRENTO, A. In Brasile. In: BEVILACQUA, P; DE CLEMENTI, A.; FRANZINA, E. Storia dell’emigrazione italiana: II Arrivi. Roma: Donzelli Editore, 2009. p. 3-23.

VERONA, F. Vida e morte dos operários de Schio em São Paulo: uma leitura dos Registros Obituários do Cemitério do Brás, de 1893 a 1895. In: CARNEIRO, M. L. T. et alii (orgs). História do trabalho e histórias da imigração. São Paulo: EDUSP/FAPESP, 2010, p. 267- 298. https://doi.org/10.11606/d.44.2013.tde-18112013-104436.