ARQUEOLOGIA DA PAISAGEM E GEOSSISTEMAS: BASES TEÓRICO-METODOLÓGICAS PARA INVESTIGAÇÃO DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO TOCA DO ÍNDIO (CHIADOR, MG)

Autores

  • Marcos Vinicius Dimas Lemos Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Roberto Marques Neto Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Luciane Monteiro Oliveira Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG259970394

Palavras-chave:

Continuidade espacial do registro arqueológico, Tradição São Francisco, Paisagem, Pinturas rupestres

Resumo

Vestígios arqueológicos da Tradição São Francisco tem sido recorrentemente encontrados na parte meridional do estado de Minas Gerais e na Zona da Mata mineira, a exemplo do sítio arqueológico Toca do Índio (Chiador, MG), ponto focal do presente artigo, cujo objetivo é interpretar o aludido sítio arqueológico a partir de uma relação dialógica entre a abordagem geossistêmica e a arqueologia da paisagem. Os resultados apontaram relações com as paisagens regionais dadas pela posição da caverna em um sítio estratégico, funcionando como um mirante que desvela uma ampla visada regional numa época em que uma vicejante cobertura de florestas semidecíduas que se colocava como elemento de dificuldade para deslocamentos e observações. O sítio em apreço, por sua vez, ostenta inscrições rupestres que consorciam figuras abstratas e alguns elementos zoomorfos recorrentemente encontrados nas pinturas da Tradição São Francisco; horizonte cultural cuja filiação dos vestígios encontrados é mais provável. Constatou-se ainda que o sítio apresenta considerável rol de ameaças naturais e antrópicas, urgindo assim práticas conservacionistas capazes de proteger o local e seu entorno.

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Biografia do Autor

Marcos Vinicius Dimas Lemos, Universidade Federal de Juiz de Fora

Licenciado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestrando do Program de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGEO/UFJF).

Roberto Marques Neto, Universidade Federal de Juiz de Fora

Bacharelado e licenciatura plena (2005), mestrado (2007) e doutorado (2012) em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, especialização latu sensu em Geografia Física do Brasil pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006), e pós-doutorado pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (Instituto de Geociências) (2014). É professor permanente do Departamento de Geociências e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Juiz de Fora, editor chefe da Revista de Geografia (PPGEO-UFJF), professor do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Alfenas, líder do Grupo TERRA-UFJF (Temáticas Especiais Relacionadas ao Relevo e à Água) e membro do grupo Análise Espacial e Dinâmica Ambiental-UNIFAL. Tem experiência na área de Geografia e Geociências, com ênfase em Geomorfologia, Biogeografia e Geografia da Paisagem, atuando principalmente nos seguintes temas: morfotectônica, sistemas geomorfológicos montanhosos, geossistemas e planejamento da paisagem, cartografia geomorfológica, zoogeografia do Brasil e enclaves altimontanos.

Luciane Monteiro Oliveira, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduação em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1994), mestrado em Arqueologia pela Universidade de São Paulo (1999) e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2006). Atualmente é pesquisadora colaboradora do Museu de Arqueologia e Etnologia Americana da Universidade Federal de Juiz de Fora.

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Publicado

04-06-2024

Como Citar

LEMOS, M. V. D.; MARQUES NETO, R.; OLIVEIRA, L. M. ARQUEOLOGIA DA PAISAGEM E GEOSSISTEMAS: BASES TEÓRICO-METODOLÓGICAS PARA INVESTIGAÇÃO DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO TOCA DO ÍNDIO (CHIADOR, MG). Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 25, n. 99, p. 95–113, 2024. DOI: 10.14393/RCG259970394. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70394. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos