A SOCIABILIDADE URBANA NOS ESPAÇOS PÚBLICOS DA CIDADE DUAL: INTERPRETAÇÃO POR MEIO DE MAPAS MENTAIS E PERCEPÇÃO AMBIENTAL EM BELO HORIZONTE, MG
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG207042508Palavras-chave:
Sociabilidade urbana, Espaço público, Mapas mentais, Belo Horizonte.Resumo
Propõe-se neste artigo uma reflexão acerca da sociabilidade urbana atrelada ao espaço público, com ênfase na escala da rua. A perda da significância dessa dimensão como lugar de interação e o descrédito da vida cotidiana como relevante para a produção do espaço urbano, motivaram a compreensão dos usos que se tem feito dela. As análises se basearam na interpretação da percepção dos moradores de dois bairros vizinhos e socioeconomicamente distintos de Belo Horizonte, MG, utilizando-se como métodos a observação não participante, a entrevista semiestruturada e o mapa mental. Os resultados revelaram a fragilidade do bairro de alto padrão econômico no âmbito das inter-relações pessoais e a negação das ruas como lugar de interação social. Em contrapartida, o bairro vizinho se mostrou um ambiente atrativo em função dos visíveis laços de sociabilidade. Observou-se que a crise na qual perpassa a sociabilidade urbana está diretamente relacionada à crise nos espaços públicos e se justifica pelos processos de exclusão e segregação; pela economia do dinheiro, nivelador social que inclui e exclui; pelo estigma, que interfere no estabelecimento de vínculos sociais; e pelo esvaziamento da rua como espaço lúdico, seja pela morfologia do lugar, pela cultura do medo ou pelo individualismo.
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