O desafio da implementação da Educação Integral em Tempo Integral nas escolas públicas

Autores

  • Dâmaris Caroline Trindade Newton Paiva
  • Sheyla Rocha
  • Isabella Albergaria
  • Tatiane Sena

DOI:

https://doi.org/10.14393/AM-v21n1-2024-71658

Resumo

O presente artigo objetivou analisar a Educação Integral em Tempo Integral e levantou alguns possíveis problemas e dificuldades que emergem na tentativa da sua implementação e efetivação nas escolas públicas. Optou-se pela pesquisa bibliográfica, com a revisão da literatura. Os principais autores abordados são Miguel Arroyo (2012), Jaqueline Moll (2012), Rubem Alves (2005), Anísio Teixeira (1994), Darcy Ribeiro (1997) e também a BNCC. Observou-se a diferença entre Educação em Tempo Integral como modalidade de ensino e Educação Integral como uma reorientação pedagógica. Em uma breve análise histórica e contextual da educação considerou-se o cenário educacional tradicional tecnicista e de currículo fragmentado. Foram abordadas algumas medidas legislativas que visam à ampliação da oferta desta modalidade e reorienta a educação sob uma perspectiva holística do ser humano nas escolas públicas. Constatou-se que a Educação Integral em Tempo Integral se mostra como a melhor ferramenta para garantir uma educação transformadora e humanizante dos estudantes marginalizados. Contudo, entre o discurso e a ação surgem alguns problemas mascarados pela política bem-intencionada. Para uma implementação frutífera, os investimentos são altos e deve se considerar que não basta apenas a ampliação da carga horária; é preciso uma reformulação completa dos currículos.

 

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Publicado

24.12.2024

Edição

Seção

Estudos