FAMÍLIAS CAMPONESAS RESILIENTES E O USO D’ ÁGUA NO LUGAR OLHOS D’ ÁGUA – UBERLÂNDIA-MG

Autores/as

  • Stéfany do Nascimento Mamede Programa de Educação Tutorial -PET MEC - Geografia - Universidade Federal de Uberlândia
  • Rosselvelt José Santos Instituto de Geografia - Universidade Federal de Uberlândia

Palabras clave:

Famílias Camponesas; Resiliência; Uso de água;

Resumen

A pesquisa aborda o processo de resistência relacionado ao modo de vida que famílias camponesas da Comunidade Olho D’ Água, no município de Uberlândia – MG desenvolvem a partir de seus saberes e fazeres. Trata-se de um conjunto de estratégias envolvendo relações comunitárias e a inclusão de novas técnicas no uso da água. Em um contexto de escassez hídrica estamos analisando os arranjos sociais estabelecidos a partir das famílias camponesas na comunidade, disseminados mediante suas relações de mutualidades e negociações para a utilização da água. A permanência camponesa decorre de características particulares advindas de seus vínculos territoriais relacionados a reciprocidade, religiosidade, identidades e pertenças ao lugar vivido. Teoricamente consideramos a resiliência como uma potência que se torna ativa no processo de reinvenção e de transformação dos seus modos de vida, envolvendo a experiência/existência camponesa. Como sujeitos tencionados pelo mercado e pelo estado expõem a partir dos seus tirocínios modos de incorporar outros elementos que possibilitem provocar uma convivência com os padrões socioprodutivos da sociedade moderna capitalista. Abordamos a resiliência camponesas aludindo à criação inovadora de modos de lidar com a água sem comprometer os recursos hídricos e as imposições/dificuldades decorrentes de inúmeras imposições. O aprofundamento do estudo sobre a resiliência camponesa foi estabelecido na observação das práticas camponesas, pesquisa empírica. O trabalho de campo permitiu desenvolver importantes observações e reflexões sobre a resiliência, envolvendo o modo de produção, o modo de vida, seus costumes e tradições, e as formas de remanejar a água na comunidade. Contudo, tendo em considerações que a resistência do campesinato decorre das suas relações familiares e comunitárias, compreendendo que nessa comunidade é possível verificar como relevante as relações de ajuda mútua entre vizinhos, procurando sempre compartilhar conhecimentos com o próximo, atendendo as características físicas e socioculturais existentes na comunidade. A rigor, o modo de vida camponês encontra-se em constantes mutações devido as imposições do mercado e das legislações, sendo preciso ficar atendo as possibilidades de exclusão das famílias.

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Biografía del autor/a

Stéfany do Nascimento Mamede, Programa de Educação Tutorial -PET MEC - Geografia - Universidade Federal de Uberlândia

Graduanda em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Bolsista do PET MEC Geografia do Instituto de Geografia da UFU.

Rosselvelt José Santos, Instituto de Geografia - Universidade Federal de Uberlândia

Geógrafo e Professor Titular do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia.

Orientador Permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia.

Coordenador do Laboratório de Geografia Cultural. Pesquisador da CAPES, CNPq, FAPEMIG e UFU.

Publicado

2022-03-01

Cómo citar

Mamede, S. do N., & Santos, R. J. (2022). FAMÍLIAS CAMPONESAS RESILIENTES E O USO D’ ÁGUA NO LUGAR OLHOS D’ ÁGUA – UBERLÂNDIA-MG. Observatorium: Revista Eletrônica De Geografia, 12(02). Recuperado a partir de https://seer.ufu.br/index.php/Observatorium/article/view/61819