DIÁLOGO ENTRE INTERSECCIONALIDADE, PLURIVERSALIDADE E GEOGRAFIA ANTICOLONIAL

POSSIBILIDADES EPISTEMOLÓGICAS À CIÊNCIA GEOGRAFIA

Autores

  • Vinícius Augusto Marques dos Santos Universidade Estadual de Londrina image/svg+xml
  • Natália Micheli Villa Universidade Estadual de Londrina image/svg+xml
  • Sergio Aparecido Nabarro Universidade Estadual de Londrina image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.14393/OREG-v16-n1-2025-77384

Palavras-chave:

Geografia; Interseccionalidade; Pluriversalidade; Anticolonialismo; Epistemologia

Resumo

A ciência geográfica e seus cânones tiveram protagonismo no processo neocolonial dos séculos XIX e XX. Movimento que forjou, experimentou e ainda reproduz no espaço-tempo múltiplos e mútuos sistemas de opressão, dominação e exploração das relações sociais, do colonialismo à hegemonia do capital. No enfrentamento desse contexto – e de sua imposição de uma história universal, hegemônica, eurocentrada e colonizadora, da ciência à sociabilidade do capital – propostas teórico-metodológicas têm tensionado o debate epistemológico da Geografia. Para Interseccionalidade, as relações sociais são estruturadas de forma indissociável, e mutuamente, a partir de identidades como raça, gênero, classe, sexualidade, nacionalidade, capacidade, idade, etnia, religião etc. Compartilham desta perspectiva a Pluriversalidade e a Geografia Anticolonial que, para além de suas especificidades, demonstram confluências teóricas e metodológicas com a abordagem interseccional. Por isso, este artigo, teórico e qualitativo, fundamentado em revisão da bibliografia específica dos referenciados aportes teórico-metodológicos, tem por examinar os encontros e/ou limites no diálogo teórico-metodológico com a Pluriversalidade e a Geografia Anticolonial. Verificou-se uma frutífera aproximação teórica a partir das categorias de análise das opressões cotidianas que lhes são centrais (raça, gênero e classe), seus objetivos de desnaturalizar a historiografia hegemônica e construir interpretações mais totalizantes das formas de dominação-exploração do colonialismo à lógica do capital, condição à tomada de consciência para superação das históricas estruturas de poder.

Biografia do Autor

  • Vinícius Augusto Marques dos Santos, Universidade Estadual de Londrina

    Graduado em Administração (2008 - 2013) pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD-MS. Especialização em Ensino de Sociologia (2014 - 2015), Graduado em Geografia (2017 - 2021), Mestre em Geografia (2022 - 2024) e Doutorando em Geografia em (2024-2027), pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Concentra pesquisa na Geografia Humana, trabalhando com Geografia Anticolonial e o Empresariamento da Educação pública.

  • Natália Micheli Villa, Universidade Estadual de Londrina

    Mestra em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (2012). Licenciatura e Bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (2010). Segunda Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Pitágoras UNOPAR (2021). Atualmente é doutoranda do Programa de Pós-graduação em Geografia na Universidade Estadual de Londrina (PPGEO/UEL). Atua na área ensino de geografia, com ênfase na educação das relações étnico raciais.

  • Sergio Aparecido Nabarro, Universidade Estadual de Londrina

    Professor do Programa de Pós-graduação em Geografia (mestrado e doutorado) da Universidade Estadual de Londrina (PPGEO-UEL). Professor visitante no Institut de Géographie da Université Paris 1 (Sorbonne - França) mesma universidade onde desenvolveu pesquisa de pós-doutorado sobre campesinato e questão agrária na obra de Jacques Élisée Reclus. Membro das redes internacionais Geocrítica (Barcelona - Espanha), Géographie-Cités (Paris - França), Territorios Possibles, Praxis e Transformación (La Plata - Argentina) e Grupo Internacional de Pesquisa-Ação-Participativa - GIPAP (Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e México). Parecerista das revistas internacionais: Scripta Nova, Biblio 3W e Ar@cne, e das revistas brasileiras: GeoUsp: espaço e tempo (USP), Boletim Goiano de Geografia (UFG), Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), Geografia (UEL), Caderno de Geografia (PUC-Minas) e Revista Ensino, Educação e Ciências Humanas. Tem experiência nas áreas de Geografia Agrária, História do Pensamento Geográfico, Teoria e Método em Geografia, Geografia Regional e Ensino de Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: assentamentos rurais, reforma agrária, conflitos territoriais, movimentos sociais, políticas públicas, desenvolvimento rural, neoliberalismo, recriação camponesa no capitalismo, modos de vida tradicionais, Geografia, Ideologia, Oralidade e Discurso, Geografia e História Oral de Vida, neoliberalismo.

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Publicado

2025-10-27

Como Citar

DIÁLOGO ENTRE INTERSECCIONALIDADE, PLURIVERSALIDADE E GEOGRAFIA ANTICOLONIAL: POSSIBILIDADES EPISTEMOLÓGICAS À CIÊNCIA GEOGRAFIA. (2025). Observatorium: Revista Eletrônica De Geografia, 16(1), 303-328. https://doi.org/10.14393/OREG-v16-n1-2025-77384