TERRITORIALIDADES DO PROJETO DE ASSENTAMENTO DOIS DE JUNHO, OLHOS D’ÁGUA-MG-BRASIL

Autores

  • Suzana Graziele de Souza UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) https://orcid.org/0000-0002-5864-4453
  • Ângela Fagna Gomes de Souza UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU)

DOI:

https://doi.org/10.14393/OREG-v15-n1-2024-72431

Palavras-chave:

Territorialidades; Assentamento; Norte de Minas;Luta.

Resumo

A luta pela terra não é uma estratégia recente na história do Brasil, há muito tempo os camponeses sem terra ocupam terras como maneira de conquistá-la, o mesmo acontecendo, com certa frequência, no Norte de Minas Gerais. O objetivo do artigo é apresentar as múltiplas dimensões das territorialidades estabelecidas na luta pela conquista da terra e as estratégias de permanência dos assentados no Projeto de Assentamento Dois de Junho, Olhos D’água-MG-Brasil. Para execução da pesquisa os procedimentos metodológicos basearam-se em estudos bibliográficos, pesquisa direta através de trabalho de campo, registros fotográficos, participação nas reuniões da associação, conversas informais com os assentados e entrevistas semi estruturadas. O referencial teórico apoiou-se nos conceitos de território e territorialidades por entender que o território de um assentamento rural envolve uma multiplicidade de manifestações, sendo um espaço dinâmico e plural permeado por relações de poder, mas sobretudo por territorialidades. No PA Dois de Junho, constituíram-se territorialidades tanto ligadas às práticas funcionais, quanto simbólicas. As territorialidades relacionadas às práticas funcionais são expressas pela organização interna dos assentados, a maneira como eles estabelecem os espaços produtivos, as formas de produzir, as relações de trabalho individuais ou coletivas, a comercialização e os organismos internos de representação e solicitação de auxílios como a Associação PA Dois de Junho. Já as territorialidades simbólicas estão relacionadas ao espaço vivido, as experiências e as estratégias de apropriação do território comum, as experiências cotidianas, a valorização da luta, a representatividade da conquista da terra e as práticas culturais expressas nas celebrações e festejos. 

Biografia do Autor

  • Suzana Graziele de Souza, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU)

    Possui graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros (2006) e mestrado em Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros (2019). Doutorado em andamento na Universidade Federal de Uberlândia. Título da Pesquisa: Assentamentos Rurais e Circuitos de Comercialização de Alimentos: experiências e significados territoriais no Norte de Minas Gerais.

  • Ângela Fagna Gomes de Souza, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU)

    Graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros (2007), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (2011) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (2013). Atualmente é professora adjunta do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia IG/UFU. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Análise Regional - GEPAR/UFAL -Campus do Sertão. Integrante do Laboratório GeoRedes - GEA/UNB. Pesquisadora do Grupo Sociedade e Cultura - PPGEO/UFS. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Migrações e Comunidades Tradicionais do rio São Francisco - OPARÁ- MUTUM/Unimontes. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: território, tradição, religião, turismo, comunidades tradicionais, identidades, rio São Francisco. 

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Publicado

2024-08-30 — Atualizado em 2024-08-30

Versões

Como Citar

TERRITORIALIDADES DO PROJETO DE ASSENTAMENTO DOIS DE JUNHO, OLHOS D’ÁGUA-MG-BRASIL. (2024). Observatorium: Revista Eletrônica De Geografia, 15(1), 289-313. https://doi.org/10.14393/OREG-v15-n1-2024-72431