Percepção de projeto de extensão pela pessoa idosa institucionalizada no extremo sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REE-2025-74200

Palavras-chave:

Instituição de longa permanência para idosos, Desenvolvimento humano, Pessoa idosa

Resumo

O objetivo deste trabalho foi investigar a percepção das pessoas idosas residentes em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos de um município do extremo sul brasileiro, acerca do projeto de extensão “Oficina de Pintura”. A ação extensionista da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) trata-se de um projeto de abordagem qualitativa, de natureza exploratória. Implementado em 2017, justifica-se pela necessidade de ampliar o conhecimento na área do envelhecimento humano, bem como avaliar a ação extensionista implementada pela Universidade, que ocorreu durante três anos. Para isso, foram realizadas entrevistas com as pessoas idosas residentes que participaram do projeto de extensão. Nesse contexto, a oficina contribuiu para o processo de socialização na velhice, na medida em que criou um espaço de diálogo que combate o isolamento no contexto institucional. Com relação aos sentimentos gerados durante a ação extensionista, as pessoas idosas associaram sentimentos positivos e relataram que sentiram o passar do tempo durante a atividade. A partir dos resultados obtidos, foi possível considerar a possibilidade de continuidade do projeto de extensão como uma ferramenta de apoio às políticas públicas voltadas para o processo de envelhecimento humano.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Denise Maria Maciel Leão, Universidade Federal do Rio Grande

    Doutora em Psicologia pela Universidade de Brasília, Brasil; professora na 
    Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.

  • Brenda Rodrigues Ongaratto, Universidade Federal do Rio Grande

    Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil; residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.

  • Lauro Miranda Demenech, Universidade Federal do Rio Grande

    PhD in Health Sciences, Universidade do Rio Grande, State of Rio Grande do Sul, Brazil; adjunct professor at the Universidade Federal do Rio Grande, State of Rio Grande do Sul, Brazil; co-founder of the Center for Studies on Risk and Health (CERIS).

Referências

AGUIAR, A. P.; MACRI, R. Promovendo a qualidade de vida dos idosos através da arteterapia. Cuidado é Fundamental, Rio de Janeiro, v. 2, p. 710-713, out./dez. 2010. DOI 10.9789/2175-5361.2010.v0i0.%25p. Disponível em: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1102. Acesso em: 25 mar. 2024.

BANDURA, A. Self-efficacy: the exercise of control. New York: W. H. Freeman & Co, 1997.

BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto da Pessoa Idosa e dá outras providências. Brasília, DF, 2003. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm. Acesso em: 25 mar. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC n° 283, de 26 de setembro de 2005. Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos, de caráter residencial. Brasília, DF, 2005. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/res0283_26_09_2005.html. Acesso em: 25 mar. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as seguintes diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos; Revoga as (RES. 196/96); (RES. 303/00); (RES. 404/08). Brasília, DF, 2012. Disponível em: https://www.gov.br/conselho-nacional-de-saude/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/resolucoes/2012/resolucao-no-466.pdf/view. Acesso em: 25 mar. 2024.

BRAUN, V.; CLARKE, V. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, United States, v. 3, n. 2, p. 77-101, 2006. DOI 10.1191/1478088706qp063oa. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/235356393_Using_thematic_analysis_in_psychology. Acesso em: 25 mar. 2024.

CAVALCANTI, A. M. T. et al. Pode a arte ser terapêutica? Reflexões a partir do trabalho desenvolvido com pacientes da “terceira idade” no ateliê da vida do Instituto de Psiquiatria da UFRJ – IPUB. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 14, n. 3, p. 118-122, set./dez. 2003. DOI 10.11606/issn.2238-6149.v14i3p118-122. Disponível em: https://revistas.usp.br/rto/article/view/13926. Acesso em: 25 mar. 2024.

COQUEIRO, N. F.; VIEIRA, F. R. R.; FREITAS, M. M. C. Arteterapia como dispositivo terapêutico em saúde mental. Acta Paul Enfermagem, São Paulo, v. 23, n. 6, p. 859-862, 2010. DOI 10.1590/S0103-21002010000600022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/9LVK4BKMMB5mrwXwjDbWgfh/. Acesso em: 25 mar. 2024.

CORTELETTI, I. A.; CASARA, M. B.; HERÉDIA, V. B. M. Idoso Asilado: um estudo gerontológico. 2. ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2010.

DIAS, E. G.; MISHIMA, S. M. Análise temática de dados qualitativos: uma proposta prática para efetivação. Sustinere, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 402-411, jan./jun. 2023. DOI 10.12957/sustinere.2023.71828. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/sustinere/article/view/71828. Acesso em: 25 mar. 2024.

DOGRA, S. et al. Active aging and public health: evidence, implications, and opportunities. Annual Review of Public Health, Palo Alto, v. 43, p. 439-459, 2022. DOI 10.1146/annurev-publhealth-052620-091107. Disponível em: https://www.annualreviews.org/content/journals/10.1146/annurev-publhealth-052620-091107. Acesso em: 25 mar. 2024.

EIZIRIK, C. L. Velhice. In: EIZIRIK, C. L.; BASSOLS, A. M. S. (org.). O ciclo da vida humana: uma perspectiva psicodinâmica. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. p. 227-240.

FERRARI, J. F.; DALACORTE, R. R. Uso da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage para avaliar a prevalência de depressão em idosos hospitalizados. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 17, n. 1, p. 3-8, jan./mar. 2007. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/scientiamedica/article/view/1597. Acesso em: 25 mar. 2024.

FREEDMAN, A.; NICOLLE, J. Social isolation and loneliness: the new geriatric giants: approach for primary care. Canadian Family Physician, Willowdale, v. 66, n. 3, p. 176-182, 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32165464/. Acesso em: 25 mar. 2024.

GARDINER, C.; GELDENHUYS, G.; GOTT, M. Interventions to reduce social isolation and loneliness among older people: an integrative review. Health & Social Care in the Community, Oxford, v. 26, n. 2, p. 147-157, 2018. DOI 10.1111/hsc.12367. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27413007/. Acesso em: 25 mar. 2024.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2022: população por idade e sexo: pessoas de 60 anos ou mais de idade: resultados do universo: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Rio de Janeiro: IBGE, 2023.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012/2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.

JARDIM, V. C. F. S. et al. Contribuições da Arteterapia para promoção da saúde e qualidade de vida da pessoa idosa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 23, n. 4, p. 1-10, 2020.

LEÃO, D. M. M. et al. Socialização de idosos institucionalizados: oficina de pintura em uma ILPI de Rio Grande, RS. Kairós, São Paulo, v. 20, n. 3, p. 459-474, set. 2017. DOI 10.23925/2176-901X.2017v20i3p459-474. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/kairos/article/view/40760. Acesso em: 25 mar. 2024.

LEMOS, C. E. S.; COELHO, A. M. C. F.; FERREIRA, F. S. Oficina de arte-terapia como estímulo ao sentimento de autoeficácia de mulheres idosas. Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 10, n. 2, p. 140-148, jul./dez. 2011. DOI 10.14393/REE-v10n22011-20792. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/20792. Acesso em: 25 mar. 2024.

LOURENÇO, L. F. L.; SANTOS, S. M. A. Institucionalização de idosos e cuidado familiar: perspectivas de profissionais de instituições de longa permanência. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 26, p. e69459, 2021. DOI 10.5380/ce.v26i0.69459. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/69459. Acesso em: 25 mar. 2024.

MARINHO, P. E. M. et al. Undertreatment of depressive symptomatology in the elderly living in long stay institutions (LSIs) and in the community in Brazil. Archives of Gerontology and Geriatrics, Amsterdam, v. 50, n. 2, p. 151-155, mar./abr. 2010. DOI 10.1016/j.archger.2009.03.002. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0167494309000739?via%3Dihub. Acesso em: 25 mar. 2024.

MASSI, G. et al. Promoção de saúde de idosos residentes em instituições de longa permanência: uma pesquisa dialógica. Saúde e Pesquisa, Maringá, v. 13, n. 1, p. 7-17, jan./mar. 2020. DOI 10.17765/2176-9206.2020v13n1p7-17. Disponível em: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/7517. Acesso em: 25 mar. 2024.

MORAIS, O. N. P. Grupos de idosos: atuação da psicogerontologia no enfoque preventivo. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 29, n. 4, p. 846-855, 2009. DOI 10.1590/S1414-98932009000400014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/88pW3h6DSxrvmLDXmhvf4Hd/?lang=pt. Acesso em: 25 mar. 2024.

NASCIMENTO, A. T. B. S.; SANTOS, I. F.; NUNES, J. R. V. Oficinas educativas/reflexivas e a interface com saúde e o meio ambiente. Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 18, n. 1, p. 134-144, 2019. DOI 10.14393/REE-v18n12019-44977. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/44977. Acesso em: 25 mar. 2024.

OLIVEIRA, J. M.; ROZENDO, C. A. Instituição de longa permanência para idosos: um lugar de cuidado para quem não tem opção? Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 67, n. 5, p. 773-779, set./out. 2014. DOI 10.1590/0034-7167.2014670515. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/DPXpTZyHCYNTtdbxFDyrX6j/abstract/?lang=pt. Acesso em: 25 mar. 2024.

POLTRONIERI, B. C.; SOUZA, E. R.; RIBEIRO, A. P. Violência no cuidado em instituições de longa permanência para idosos no Rio de Janeiro: percepções de gestores e profissionais. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 28, n. 2, p. 215-226, 2019. DOI 10.1590/S0104-12902019180202. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=406263893017. Acesso em: 25 mar. 2024.

ROHDE, J.; AREOSA, S. V. C. Vínculos e relações familiares de idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, v. 17, n. 1, p. 62-76, jan./abr. 2020. DOI 10.5335/rbceh.v17i1.8141. Disponível em: https://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/8141. Acesso em: 25 mar. 2024.

SILVA, C. C.; BORGES, F. T. Análise temática dialógica como método de análise de dados verbais em pesquisas qualitativas. Linhas Críticas, Brasília, v. 23, n. 51, p. 245-267, jun./set. 2017. DOI 10.26512/lc.v23i51.8221. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/8221. Acesso em: 25 mar. 2024.

SILVA, M. R et al. A percepção do idoso institucionalizado sobre os benefícios das oficinas terapêuticas. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Fortaleza, v. 29, n. sup. 5, p. 76-84, dez. 2016. DOI 10.5020/18061230.2016.sup.p76. Disponível em: https://ojs.unifor.br/RBPS/article/view/6408. Acesso em: 25 mar. 2024.

SOUZA, F. J. M et al. Percepção dos idosos institucionalizados acerca da qualidade de vida. Revista Eletrônica Acervo Saúde, Campinas, v. 12, n. 7, p. e3310, 2020. DOI 10.25248/reas.e3310.2020. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/3310. Acesso em: 25 mar. 2024.

SOUZA, I. A. L. et al. O impacto de atividades linguístico-discursivas na promoção da saúde de idosos de uma instituição de longa permanência. Audiology – Communication Research, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 175-181, abr. 2015. DOI 10.1590/S2317-64312015000200001490. Disponível em: https://www.scielo.br/j/acr/a/wzFKfTMGX9pqB8vygDf6FSC/?lang=pt. Acesso em: 25 mar. 2024.

Downloads

Publicado

03-06-2025

Edição

Seção

Relatos de Experiência

Como Citar

LEÃO, Denise Maria Maciel; ONGARATTO, Brenda Rodrigues; DEMENECH, Lauro Miranda. Percepção de projeto de extensão pela pessoa idosa institucionalizada no extremo sul do Brasil. Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 24, n. 1, p. 224–241, 2025. DOI: 10.14393/REE-2025-74200. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/74200. Acesso em: 10 jul. 2025.