Reflexões sobre a educação médica e extensão universitária

experiências de um projeto de extensão paulistano

Autores

  • Tainá Ribeiro de Azevedo Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
  • Vinícius Finisguerra Vianna Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
  • Eun Sun Jung Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
  • Luis Fernando Gomes Carreira Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
  • Nivaldo Carneiro Junior Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
  • Patrícia Martins Montanari Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.14393/REE-2025-74069

Palavras-chave:

Educação médica, Extensão universitária, Extensão popular, Relação comunidade-instituição

Resumo

A extensão universitária (ExU) é definida pelo Ministério da Educação (MEC) como um processo multidisciplinar que integra fatores educacionais, culturais, científicos e tecnológicos. Seu objetivo é promover parcerias dialógicas e horizontalizadas na troca de conhecimento entre as Instituições de Ensino Superior (IES) e os segmentos da sociedade civil. Assim, este trabalho busca compreender o conhecimento em torno de conceitos relacionados à educação médica, bem como à extensão universitária e popular, por parte de alunos/as de Medicina. Eles/as participaram de um programa de extensão na cidade de Aparecida, em São Paulo (SP), no Brasil, em janeiro de 2023. Trata-se de um estudo transversal de natureza qualitativa e quantitativa, com dados coletados por meio de um questionário autoaplicável. Entre as 62 respostas incluídas, 83,87% afirmaram ter conhecimento sobre o conceito de um projeto de extensão universitário, e 45,16% declararam conhecer o tripé universitário. Nesse contexto, não houve diferença significativa entre o nível de conhecimento sobre educação e extensão em relação à turma, idade ou sexo dos/das participantes. Entre as motivações para participar, preponderou a perspectiva assistencial em saúde e o aprimoramento técnico dos/as alunos/as. A maioria deles/as enxerga a extensão sob um viés assistencialista, divergindo do que é preconizado pela extensão popular.

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Biografia do Autor

  • Tainá Ribeiro de Azevedo, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

    Graduanda em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brasil.

  • Vinícius Finisguerra Vianna, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

    Graduando em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brasil.

  • Eun Sun Jung, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

    Graduanda em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brasil.

  • Luis Fernando Gomes Carreira, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

    Graduando em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brasil.

  • Nivaldo Carneiro Junior, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

    Doutor em Medicina (Medicina Preventiva) pela Universidade de São Paulo, Brasil; estágio pós-doutoral pela Faculdade de Medicina de Barcelona, Espanha; professor na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brasil.

  • Patrícia Martins Montanari, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

    Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, Brasil; professora na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brasil; líder do Grupo de Pesquisa Recursos Humanos em Saúde (CNPq) .

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Publicado

03-06-2025

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

AZEVEDO, Tainá Ribeiro de; VIANNA, Vinícius Finisguerra; JUNG, Eun Sun; CARREIRA, Luis Fernando Gomes; CARNEIRO JUNIOR, Nivaldo; MONTANARI, Patrícia Martins. Reflexões sobre a educação médica e extensão universitária: experiências de um projeto de extensão paulistano. Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 24, n. 1, p. 25–45, 2025. DOI: 10.14393/REE-2025-74069. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/74069. Acesso em: 10 jul. 2025.