Reflexões sobre a territorialização LGBT na luta pela terra no Brasil

Autores

  • Marcelo Cervo Chelotti Universidade Federal de Uberlândia
  • Samuel Lucas Silva Gomes Santos
  • Vinícius Nunes Fileto Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.14393/REE-2020-54373

Palavras-chave:

Luta pela terra, Reforma Agrária, Movimentos sociais, LGBT

Resumo

A Jornada Universitária pela Reforma Agrária (JURA) da Universidade Federal de Uberlândia acontece tradicionalmente através de uma agenda nacional de eventos com esse fim. A intenção deste texto é trazer as reflexões sobre a territorialização do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) dentro dos movimentos de luta pela terra no Brasil, especialmente os ligados à Via Campesina, tratados em uma roda de conversa promovida por estudantes do tema para os alunos e integrantes dos movimentos sociais da JURA-UFU. Entendendo que a inserção dessa pauta é um processo que está ocorrendo em escala nacional, o objetivo da roda é levantar questões que são recorrentemente invisibilizadas como a pauta das sexualidades camponesas e a vivência LGBT dentro de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária no Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcelo Cervo Chelotti, Universidade Federal de Uberlândia

Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, com estágio de doutoramento na Universidade de Buenos Aires, Argentina; estágio pós-doutoral na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil; professor associado do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil; coordenador do Laboratório de Geografia Agrária (LAGEA/UFU), membro do Núcleo de Estudos Agrários e Territoriais (NEAT).

Samuel Lucas Silva Gomes Santos

Graduando em Geografia na Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. 

Vinícius Nunes Fileto, Universidade Federal de Uberlândia

Mestre em Geografia na Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil; bolsista CAPES; membro do Laboratório de Geografia Agrária (LAGEA) e do Núcleo de Estudos Agrários e Territoriais (NEAT).

Referências

FERNANDES, B. M. Formação e territorialização do MST no Brasil: 1979-2005. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA - ENGA, 18., 2006., Rio de Janeiro. Anais [...], Rio de Janeiro, 2006.

FERNANDES, B. M. Formação e territorialização do MST no Brasil. In: CARTER, M. Combatendo a desigualdade social: o MST e a reforma agrária no Brasil. São Paulo: Editora da Unesp, 2009. p. 161-198.

GERMER, C. Perspectivas das lutas sociais agrárias nos anos 90. In: STEDILE, J. P. et al. A questão agrária na década de 90. 4. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004. p. 259-284.

GOHN, M. G. História dos movimentos sociais: a construção da cidadania dos brasileiros, São Paulo: Loyola, 2001.

GRZYBOWSKI, C. Movimentos populares no Brasil: desafios e perspectivas. In: STEDILE, J. P. et al. A questão agrária na década de 90. 4. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004. p. 285-297.

IANNI, O. A formação do proletariado rural no Brasil. In: STEDILE, J. P. A questão agrária no Brasil: o debate de esquerda. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2005. p. 127-146.

LOERA N. R. Para além da barraca de lona preta: redes sociais e trocas em acampamentos e assentamentos do MST. In: FERNANDES, B. M.; MEDEIROS, L. S.; PAULILO, M. I. (org.). Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas. São Paulo: Editora da Unesp, 2009. p. 73-94.

MARIANO, A.; PAZ, T. T. Diversidade sexual e de gênero no MST: primeiros passos na luta pela liberdade sexual. In: NOGUEIRA, L. et al. Hasteemos a bandeira colorida: diversidade sexual e de gênero no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2018. p. 289-314.

MARTINS, J. S. A militarização da questão agrária no Brasil. Vozes: Petrópolis, 1985.

MARTINS, J. S. O sujeito oculto: ordem e transgressão na reforma agrária. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.

MEDEIROS, L. S. História dos movimentos sociais no campo. Rio de Janeiro: Fase, 1989.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST). Caderno de Formação nº 5: diversidade sexual no MST: elementos para o debate. São Paulo: MST, Setor de Gênero, 2017.

PACHECO, M. E. L. O joio e o trigo na defesa da reforma agrária. In: STEDILE, J. P. et al. A questão agrária na década de 90. 4. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004. p. 203-219.

PINTO, L. C. G. Reflexões sobre a política brasileira no período de 1964-1994. Revista da Associação Brasileira de Reforma Agrária, São Paulo, v. 25, n. 1, p.65-92, abr. 1995.

PORTO-GONÇALVES, C. W. Da geografia às geo-grafias: um mundo em busca de novas territorialidades. In: CECEÑA, A. E.; SADER, E. La guerra infinita hegemonia y terror mundial. Buenos Aires: CLACSO, 1997. p. 217-256.

RIBEIRO, L. N. Os territórios, a Via Campesina no Brasil e o conceito de movimento socioterritorial. Boletim do Dataluta, Presidente Prudente, v. 1, n. 2, p. 1-18, fev. 2015.

SIGAUD, L. A engrenagem das ocupações de terra. In: FERNANDES, B. M.; MEDEIROS, L. S.; PAULILO, M. I. (org.). Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas. São Paulo: Editora da Unesp, 2009. p. 53-72.

STEDILE, J. P. Introdução. In: STEDILE, J. P. A questão agrária no Brasil: o debate de esquerda. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2005. p. 17-35.

VEIGA, J. E. O que é reforma agrária?: São Paulo: Abril Cultural; Brasiliense, 1984.

VIEIRA, F. B. Dos proletários unidos à globalização da esperança: um estudo sobre articulações internacionais de trabalhadores. 2008. 223 f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.

Downloads

Publicado

01-05-2020

Como Citar

CHELOTTI, M. C. .; SANTOS, S. . L. S. G.; FILETO, V. N. . Reflexões sobre a territorialização LGBT na luta pela terra no Brasil. Revista Em Extensão, Uberlândia, p. 64–78, 2020. DOI: 10.14393/REE-2020-54373. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/54373. Acesso em: 22 dez. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)