Do barro à música

resistência e continuidade nas expressões do Alto do Moura

Autores/as

  • Marília Santos Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2023-68902

Palabras clave:

Música brasileira, Cultura popular, Patrimônio, Etnomusicologia, Educação

Resumen

O Alto do Moura, maior centro de Arte Figurativa das Américas, é um bairro da cidade de Caruaru, conhecido principalmente pela produção da arte figurativa do barro. Além do artesanato do barro, há vários outros tipos de expressões, a maioria com música, que são realizadas pelos moradores do lugar – ou por outras pessoas que vão ali para fazer tais expressões acontecerem – dentre elas: Reisado, Bacamarte, poesia, pífano, entre outras. Um dos aspectos das expressões artísticas e culturais realizadas no Alto do Moura é a relação com a arte figurativa do barro e com as Festas Juninas. Este artigo, que tem como objetivo discutir como essas expressões estão se modificando para continuarem existindo, é um recorte de uma pesquisa qualitativa, com procedimentos metodológicos etnográficos e trabalho de campo, baseados em entrevistas semiestruturadas, observações e vivência pessoal. Parte dos dados foi obtida por meio do trabalho realizado para o “Inventário do Ofício dos Artesãos e Artesãs em Barro do Alto do Moura – Caruaru-PE”. É possível notar que, para se manterem vivas, as expressões do Alto do Moura transitam entre o novo (mudança) e o velho (tradição), arte figurativa do barro e Festas Juninas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marília Santos, Universidade Federal da Paraíba

Doutoranda em Música na Universidade Federal da Paraíba, Brasil.

Citas

ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. A invenção do Nordeste e outras artes. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

AMARAL, R. Festas católicas brasileiras e os milagres do povo. Civitas: Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 187-205, 2003. DOI: 10.15448/1984-7289.2003.1.116. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/116. Acesso em: 29 mar. 2023.

G1 CARUARU E REGIÃO. Calendário da festa das Comidas Gigantes é divulgado em Caruaru. Caruaru, 18 maio 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/sao-joao/2019/noticia/2019/05/18/prefeitura-de-caruaru-divulga-calendario-das-comidas-gigantes-no-sao-joao-2019.ghtml. Acesso em: 29 mar. 2023.

G1 CARUARU E REGIÃO. Tradicional cuscuz gigante é distribuído nas casas do Alto do Moura, em Caruaru. Caruaru, 15 jun. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/sao-joao/2020/noticia/2020/06/15/tradicional-cuscuz-gigante-e-distribuido-nas-casas-do-alto-do-moura-em-caruaru.ghtml. Acesso em: 23 mar. 2023.

GASPAR, L. Alto do Moura, Caruaru, Pernambuco. Pesquisa Escolar - Fundação Joaquim Nabuco, Recife, 2019a. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar%20/index.php?option=com_content&view=article&id=815%3Aalto-do-moura-caruaru-pernambuco&catid=35%3Aletra-a&Itemid=1. Acesso em: 3 jun. 2023.

GASPAR, L. Bacamarteiros. Pesquisa Escolar – Fundação Joaquim Nabuco, Recife, 2019b. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=481%3Abacamarteiros&catid=37%3Aletra-b&Itemid=1. Acesso em: 3 abr. 2023.

GASPAR, L. Reisado. Pesquisa Escolar – Fundação Joaquim Nabuco, Recife, 2020. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=217&Itemid=1%3E. Acesso em: 12 jun. 2023.

LIMA, G. M. A. Os bacamarteiros de Caruaru. 2013. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10889. Acesso em: 12 jul. 2023.

LISTOLOGIA. Fogueira de São João: origem e tradição. Disponível em: https://listologia.com/a-origem-da-fogueira-de-sao-joao/#Resumo_de_Fogueira_de_Sao_Joao_Origem_e_Tradicao. Acesso em: 12 jul. 2023.

NE10. Maior cuscuz do mundo é a comida gigante mais antiga do São João de Caruaru. Recife, 2019. Disponível em: https://produtos.interior.ne10.uol.com.br/comidas-gigantes/2020/06/08/maior-cuscuz-do-mundo-e-a-comida-gigante-mais-antiga-do-sao-joao-de-caruaru/. Acesso em: 23 maio 2020.

SANDRONI, C. et al. Músicos nas festas populares do Nordeste: transformações recentes no forró e nas festas de São João. In: LÜHNING, A.; TUGNY, R. P. Etnomusicologia no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2016. p. 277-309.

PREVIDELLI, F. Bandeirinha, balão e fogueira: os significados por trás dos símbolos juninos. UOL, São Paulo, 11 jun. 2023. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/bandeirinha-balao-e-fogueira-os-significados-por-tras-dos-simbolos-juninos.phtml. Acesso em: 12 jul. 2023.

SALES, T. O. Sobre a mazurca que existe no agreste, pois há muitas mazurcas. In: SALES, T. O. Sobre Mazurca. Recife: Gráfica Flamar, 2015. p. 21-50.

SANTOS, M. Identidades entre som e barro: a zabumba Mestre Vitalino e o pífano no Alto do Moura. Revista Música, São Paulo, v. 19, n. 2, p. 64-85, 2019. DOI: 10.11606/rm.v19i2.164376. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revistamusica/article/view/164376. Acesso em: 12 jul. 2023.

SANTOS, M. “Somos do Alto do Moura, da terra do artesão”: diversidade e resistência na Mazurca Pé Quente - Caruaru/PE. ICTUS Music Journal, Salvador, v. 15, n. 1, p. 109-126, 2021. DOI: 10.9771/ictus.v15i1.44889. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/ictus/article/view/44889. Acesso em: 11 jul. 2023.

SILVA, D. N. Origem da Festa Junina. UOL, 2023. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/detalhes-festa-junina/origem-festa-junina.htm. Acesso em: 11 jul. 2023.

SILVA, P. M. S. Ser forrozeiro em Caruaru: prática musical, mudança e continuidade na “Capital do Forró”. 2017. Dissertação (Mestrado em Música) – Centro de Comunicação, Turismo e Artes, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/14709?locale=pt_BR. Acesso em: 11 jul. 2023.

Publicado

2023-09-04

Cómo citar

SANTOS, M. Do barro à música: resistência e continuidade nas expressões do Alto do Moura. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 22, n. 2, p. 339–360, 2023. DOI: 10.14393/REP-2023-68902. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/68902. Acesso em: 22 jul. 2024.