O ensino da produção cultural entre o mercado e a Universidade

um estudo de caso a partir da trajetória na graduação em produção cultural da Universidade Federal Fluminense

Authors

  • Gustavo Portella Machado Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.14393/rep-v0n02019-45204

Keywords:

Cultural production, Teaching, Neoliberalism, Precarization

Abstract

The labor conditions of cultural production have cultivated a neoliberal rationality, normalizing the precariousness of labor while holding workers accountable for individual success and for the success of the general economy. However, in the last twenty years there has been a quantitative growth of studies and teaching of cultural production. In this way, it is proposed to understand the professionalization of cultural producers between a critical formation within the University and a formation in the neoliberal market. The central question here is whether universities should adapt individuals to these market rules and / or should collaborate in building a confronting discourse. Therefore, a review was made of the mapping of cultural production teaching in Brazil, a study on the working conditions established in the Brazilian Classification of Occupations (CBO) and an analysis, from a semi-structured interview, of the trajectory of a recent graduate in the cultural production course of the Federal Fluminense University, State of Rio de Janeiro, Brazil, in order to understand how the teaching and contact with cultural policies in this space can modify an individual’s performance in the field.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Gustavo Portella Machado, Universidade Federal Fluminense

Mestrando em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil.

References

BRASIL. Classificação Brasileira de Ocupações – CBO. 3. ed. Brasília: MTE, SPPE: 2010.

BROWN, W. Cidadania sacrificial: Neoliberalismo, capital humano e políticas de austeridade. Tradução de Juliane Bianchi Leão. Rio de Janeiro: Zazie Edições, 2018. 58 p.

CORSANI, A. Dalla precarietà contrattuale alla precarizzazione esistenziale. L’esperienza dei lavoratori dello spettacolo in Francia. In: ARMANO, E.; MURGIA, A. (Org.). Mappe della precarietà: Knowledge workers, creatività, saperi e dispositivi di soggettivazione. Bolonha: Casa editrice Emil di Odoya, v. 2, 2012. p. 19-36.

DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016. 402 p.

DOMINGUES, J. E se a economia da cultura debatesse com mais frequência o trabalho? Notas sobre a organização dos interesses laborais no campo cultural. In: BARBALHO, A.; ALVES, E. P. M.; VIEIRA, M. P. (Org.). Os trabalhadores da cultura no Brasil: criação, práticas e reconhecimento. Salvador: EDUFBA, 2017. 276 p. (Coleção Cult).

FRYDBERG, M. B. “Eu canto samba” ou “Tudo isto é fado”: uma etnografia multissituada da recriação do choro, do samba e do fado por jovens músicos. 2011. 380f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

JORDÃO, G.; BIRCHE, L.; ALLUCCI, R. R. Mapeamento dos cursos de gestão e produção cultural no Brasil 1995-2015. São Paulo: Itaú Cultural, 2016. 64 p.

LINHART, D. A desmedida do capital. Tradução de Wanda Caldeira Brant. São Paulo: Boitempo, 2007. 248 p.

LOREY, I. Gubernamentalidad y precarización de sí. Sobre la normalización de los productores y las productoras culturales. In: PROYECTO TRANSFORM (Org.). Producción cultural y prácticas instituyentes: líneas de ruptura en la crítica institucional. Madrid: Traficantes de Sueños, 2008. p. 57-78.

MACHADO DA SILVA, L. A. Mercados metropolitanos de trabalho manual e marginalidade. 1971. 142 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1971.

MICHETTI, M.; BURGOS, F. Fazedores de cultura ou empreendedores culturais? Precariedade e desigualdade nas ações públicas de estímulo à cultura. Políticas Culturais em Revista, Salvador, v. 9, p. 582-604, 2017. Doi: http://dx.doi.org/10.9771/pcr.v9i2.17782.

RODRIGUES, L. A. F. Formação e profissionalização do setor cultural: caminhos para a institucionalidade da área cultural. In: PragMATIZES: Revista Latino Americana de Estudos em Cultura, Niterói, Ano 2, n. 3, p. 63-79, set. 2012. Doi: https://doi.org/10.22409/pragmatizes3.3.a10354.

RUBIM, A. A. C.; BARBALHO, A.; COSTA, L. Formação em organização da cultura. In: PragMATIZES: Revista Latino Americana de Estudos em Cultura, Niterói, Ano 2, n. 2, p. 125-149, mar. 2012.

TOMMASI, L. Cultura e juventude. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017. 140 p.

VELHO, G. Projeto e metamorfose: antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1994. 137 p.

Published

2019-06-04

How to Cite

MACHADO, G. P. O ensino da produção cultural entre o mercado e a Universidade: um estudo de caso a partir da trajetória na graduação em produção cultural da Universidade Federal Fluminense. Revista de Educação Popular, Uberlândia, p. 59–72, 2019. DOI: 10.14393/rep-v0n02019-45204. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/45204. Acesso em: 23 jul. 2024.