trama de uma extensão sentipensante
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2023-68952Palavras-chave:
Educação Popular, Extensão Universitária, Extensão SentipensanteResumo
Esta narração nasce de desassossegos que emergem do ser extensionista em um Centro Universitário, no município de Petrópolis, Rio de Janeiro. No encontro com gentes das classes populares, se evidenciou um jeito próprio de fazer extensão. Uma extensão fundamentada em uma prática dialógica, que se coloca à deriva no caminho, se expõe ao encontro e às mudanças que acontecem em decorrência das interações. Uma extensão que se compromete com essas gentes, na transformação do mundo. O exercício investigativo foi delineado metodologicamente como uma pesquisa com o cotidiano. O diálogo e a escuta são procedimentos que potencializam suas reflexões, tecidas por meio de registros de campo combinando a razão e o amor, o corpo e o coração, atuando a partir do diálogo amoroso, buscando o que poderia se chamar uma extensão sentipensante. Aposta no paradigma indiciário proposto por Ginzburg para captar pistas e indícios presentes nas vozes, nos gestos e nos silêncios das gentes da pesquisa. Com esse trabalho, se aprendeu que é possível uma extensão comprometida, amorosa e libertadora, que atue nas frestas desse modelo hegemônico de universidade, que subalterniza, exclui e provoca apagamentos de saberes, experiências e histórias.
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