Religiosidade afro-brasileira, educação para as relações étnico-raciais e a formação docente na perspectiva da sociointeratividade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2022-66862

Palavras-chave:

Estágio de vivência., Formação docente, Educação étnico-racial

Resumo

O presente artigo relata a experiência extensionista “Estágios de vivência: cultura afro-brasileira e educação para as relações étnico-raciais”. Trata-se de uma iniciativa de inspiração sociointeracionista, que visou subsidiar processos de formação docente (inicial e continuada) antirracista, por meio de estágios de vivência em comunidades de tradição afro-brasileira. Para tanto, promovemos um dia de vivência, de forma que os professores puderam conhecer um terreiro de Candomblé, no qual realizaram atividades de leitura, assim como conheceram a dinâmica de funcionamento de uma comunidade de axé. Observamos que o contato com a comunidade receptora possibilitou a revisão de preconceitos e de estereótipos. Além disso, permitiu ao grupo aprofundar reflexões, visando a educação antirracista e a participação da escola no combate à intolerância religiosa e implementação das Leis Federais nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008.

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Biografia do Autor

Anderson Pereira Portuguez, Universidade Federal de Uberlândia

Doutor em Geografia e Desenvolvimento: Território Sociedade e Turismo pela Universidad Complutense de Madrid, Espanha; estágio pós-doutoral em Geografia Cultural/Geografia do Sagrado pela Universidade de Brasília, Brasil;  professor associado II do Instituto de Ciências Humanas do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil; líder do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Cultura, Descolonialidade e Território (UFU/CNPq); membro do Grupo de Estudos e Pesquisa Diálogos com a Geografia Cultural (UFU), do Grupo de Estudos e Pesquisa em Turismo no Espaço Rural  (GEPTER/UNESP), do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação para as Relações Étnico-raciais e Ações Afirmativas (ICHPO/UFU) e da Red Internacional de Investigadores en Turismo, Cooperación y Desarrollo (Universitat Rovira i Virgili).

Mical de Melo Marcelino, Universidade Federal de Uberlândia

Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo, Brasil; professora adjunta no Instituto de Ciências Humanas, Campus Pontal, da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil; membro do Grupo de Estudos e Pesquisa Produção Escrita e Psicanálise (GEPPEP/UFU) e do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Leitura, Escrita, Livros e Linguagens (GEPLELL/UFU).

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Publicado

05-11-2022

Como Citar

PORTUGUEZ, A. P.; MARCELINO, M. de M. Religiosidade afro-brasileira, educação para as relações étnico-raciais e a formação docente na perspectiva da sociointeratividade. Revista de Educação Popular, Uberlândia, p. 188–203, 2022. DOI: 10.14393/REP-2022-66862. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/66862. Acesso em: 23 dez. 2024.