Os saberes e dizeres matemáticos dos alunos da EJA
“a leitura de mundo precede a leitura da palavra”
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2021-62198Palavras-chave:
Educação de Jovens e Adultos, Saberes e dizeres matemáticos, CotidianoResumo
Este artigo discute os saberes e dizeres matemáticos dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), trazendo à tona a importância de sua leitura de mundo. Tomamos como metodologia uma abordagem qualitativa de base interpretativa. O enfoque deste trabalho é discutir sobre a educação popular na modalidade da EJA sob a perspectiva freiriana e analisar o que os alunos da EJA sabem e dizem sobre a Matemática, considerando a prática de leitura de mundo realizada por eles em seu cotidiano, objetivando estabelecer a relação entre o contexto no qual os sujeitos que fazem parte da pesquisa estão inseridos. Fundamentamos com os autores: Freire (1988, 1987), D’Ambrósio (2008), Arroyo (2017), dentre outros. A partir das investigações foi possível perceber que os estudantes da EJA vivenciam, diariamente, um percurso de deslocamentos entre trabalho e escola. Desenvolvem habilidades matemáticas em seu cotidiano e praticam leituras de mundo que podem encontrar sentido e valor para os estudantes quando articuladas com a Matemática escolar. Portanto, são praticantes das operações matemáticas na vida, “da leitura de mundo”, e desejam se apropriar dos saberes matemáticos da escola para agregar aos seus, os quais, sobretudo, são utilitários e precisam ser valorizados no currículo escolar.
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