Cultura e extensão universitária
dez anos da tentativa de institucionalização de uma política pública no âmbito do Ministério da Cultura
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep-v0n02019-45222Palavras-chave:
Extensão universitária, Proext, Ministério da Cultura, Política pública, CulturaResumo
As universidades brasileiras carecem historicamente de políticas voltadas para a cultura e extensão, que, dentre as atividades acadêmicas, tenderam sempre a ser as menos valorizadas. A partir de 2003, deu-se início a um novo ciclo de políticas públicas educacionais que resultou em uma expansão da oferta de vagas, sobretudo em instituições públicas federais, sem precedentes na história brasileira. Concomitante a tal processo, o Ministério da Educação passou a formular uma política nacional para a extensão, que recebeu o nome de Proext. Em 2008, o Ministério da Cultura criou o Proext Cultura, com vistas a interagir com as culturas produzidas dentro e no entorno das universidades, e que teve impacto significante nas universidades e, principalmente, na política gestada pela pasta da educação, sendo incorporada integralmente ao Proext, que passou a destinar parcela significativa dos recursos da extensão para projetos culturais das universidades públicas. No geral, esse programa se expandiu até 2016, quando foi bruscamente interrompido pelo governo federal. Contudo, ainda que importante, e detentor de um recurso expressivo, tal política não foi suficiente para transformar efetivamente as realidades acadêmicas.
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