As geografias das lutas pelo reconhecimento
DOI:
https://doi.org/10.14393/2sjf2t66Palavras-chave:
Ccorpo humano, Geografia humana, Estudos de gênero, Sexualidade, Minorias sexuais e de gêneroResumo
As lutas por reconhecimento entrelaçam a esfera da experiência, na constituição da consciência de “si” pela relação com o “outro”; as imagens representativas de uma comunidade cultural; e a produção de políticas públicas para/das diferenças na relação o Estado. O reconhecimento, como categoria de análise, permitem entender a constituição das corporeidades situadas, suas disputas identitárias em círculos sociais imediatos, assim como o movimento político representacional das instâncias institucionais no tempo histórico. Como Geografia, entrelaça o imediato e o mediato no espaço da/como corporeidade situada, que se (auto) reconhece na relação imbricada com o outro, entre imanência e genericidade. Torna corpo e consciência a substância da constituição do espaço pelo si da pessoa do reconhecimento. Entre interdições, paradoxos e subversões, as geografias das lutas por reconhecimento traçam trajetórias diferencias de percepção, representação e produção de espaço.
Referências
Ambrossi, J., & Calvo, J. (1997). Veneno. Série de TV fechada. HBO MAX, 2020.
Brasil. (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996, p. 27.833.
Brasil. (1997). Parâmetros curriculares nacionais. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental.
Butler, J. (2006). Deshacer el género. Paidós.
Butler, J. (2015). Quadros de guerra: Quando a vida é passível de luto? Civilização Brasileira.
Butler, J. (2016). Anseio de reconhecimento (J. G. Oliveira & T. C. A. S. Santana Trads.). Equatorial, 3(5), 1-15. https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/14922
Butler, J. (2018). Adotando o ponto de vista do outro: Implicações ambivalentes. In A. Honneth, Reificação: Um estudo da teoria do reconhecimento (pp. 133-162). UNESP.
Certeau, M. D. (1994). A invenção do cotidiano: artes de fazer. Vozes.
Collins, P. H. (2016). Aprendendo com a outsider within: A significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, 31(1), 45-60.
Costa, B. P. (2007). Por uma geografia do cotidiano: Território, cultura e homoerotismo na cidade [Tese de doutoramento, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Repositório aberto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/13543
Costa, B. P. (2020). Lady Gaga me salvou: Música pop, divas, imaginários midiáticos e construção de espaços sociais homossexuais dissidentes. Geograficidade, 10(2), 102-120. https://doi.org/10.22409/geograficidade2020.102.a41221
Crenshaw, K. (2002). Background paper for the expert meeting on the gender-related aspects of race discrimination. Estudos Feministas, 10(180), 1-19. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011
Deleuze, G., & Guattari, F. (2011). Mil platôs: Capitalismo e esquizofrenia 2 (Vol. 1). Editora 34.
Fanon, F. (2008). Pele negra, máscaras brancas. Editora UFBA.
Foucault, M. (1988). História da sexualidade: a vontade de saber. Graal.
Goffman, E. (1996). A Representação do eu na vida cotidiana. Vozes.
Hall, S. (1998). A identidade cultural na pós-modernidade. DP&A.
Hegel, G. W. F. (1999). Fenomenologia do espírito. Parte II. Vozes.
Honneth, A. (2009). Luta pelo reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. Editora 34.
Honneth, A. (2018). Reificação: um estudo da teoria do reconhecimento. UNESP.
Lefebvre, H. (2013). La producion del espacio. Capitán Swing Libros.
Lugones, M. (2018). Heterossexualismo e o sistema de gênero colonial/moderno. In M. M. Baptista (Org.). Género e performance: textos essenciais 1. Gracio Editor.
Maffesoli, M. (2002). O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Forense Universitária.
Massey, D. (2009). Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Bertrand Brasil.
Parker, R. (2002). Abaixo do Equador: culturas do desejo, homossexualidade masculina e comunidade gay no Brasil. Record.
Petherbridge, D. (2020). Reconhecibilidade, percepção e a partilha do sensível: Honneth, Rancière e Butler. Cadernos de Filosofia Alemã, 25(3). https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v25i3p185-207
Reich, I. E. (2012). O reconhecimento em Hegel (Dissertação de mestrado). Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal de Santa Catarina,
Rose, G. (1997). Situating knowledges: positionality, reflexities and other tactics. Progress Human Geography, 21(3), 305-320. https://doi.org/10.1191/030913297673302122
Sartre, J-P. (2007). O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. Vozes.
Schutz, A. (2012). Sobre fenomenologia e relações sociais. Vozes.
Sedgwick, E. K. (2007). A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, 28, 9-43.
Silva, J. M., & Ornat, M. J. (2010). Espaço urbano, poder e gênero: uma análise da vivência travesti. Revista Psicologia da UNESP, 9(1), 83-95. https://revpsico-unesp.org/index.php/revista/article/view/110
Silva, J. M., Ornat, M. J., & Chimin Junior, A. B. (2019). O legado de Henri Lefebvre para constituição de uma geografia corporificada. Caderno Prudentino de Geografia, 3(41), 63-77. https://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/view/6404
Silva, J., & Ornat, M. J. (2012). Interseccionalidade e mobilidade transnacional entre Brasil e Espanha nas redes de prostituição. Revista Anpege, 8(10), 51-66. https://doi.org/10.5418/RA2012.0810.0004
Souza Filho, A. (2009). A política do conceito: subversiva ou conservadora? - Crítica à essencialização do conceito de orientação sexual. Bagoas, 4, 137-151.
Weeks, J. (1999). O corpo e a sexualidade. In G. L. Louro (Org.), O corpo educado. Autêntica.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Prof. Dr. Benhur Pinós da Costa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
