Orientações: rumo a uma fenomenologia queer
umo a uma fenomenologia queer
DOI:
https://doi.org/10.14393/bbqnfx62Palavras-chave:
fenomenologia; estudos queer; orientação; normas; desvios.Resumo
Neste artigo, parte de uma reflexão mais ampla realizada por Sara Ahmed em seu livro “Queer Phenomenology” (2004), a pesquisadora e ativista britânica aproxima clássicos da fenomenologia a estudos queer para propor uma articulação entre sexualização da percepção espacial e espacialização da sexualidade, produtiva a ambos os campos de estudo. Seu ponto de partida é a categoria “orientação”, e seus usos para significar tanto a consciência da situacionalidade existencial quanto o direcionamento do desejo, para desenvolver o argumento de que nossos modos de apreensão e significação da experiência são atravessados pela cisheteronorma, que molda mundos e corpos e interdita horizontes de possível. Seu argumento por uma fenomenologia queer se sustenta menos no estabelecimento de um modo queer de moldagem da existência como objeto de análise, e mais em um compromisso inventivo com uma multiplicidade de linhas de fuga e desvios estranhos a convenções familiares de existência.
Referências
Referências
Ahmed, S. (2004). The Cultural Politics of Emotion. Edinburgh University Press.
Ahmed, S. (2006). Queer Phenomenology: Orientations, Objects, Others. Duke University
Press.
Arendt, H. (2014). A Condição Humana. Forense Universitária.
Banfield, A. (2000). The Phantom Table: Woolf, Fry, Russell, and The Epistemology of
Modernism. Cambridge University Press.
Bartky, S. (1990). Femininity and Domination: Studies in the Phenomenology of Oppression.
Routledge.
Bawer, B. (1984). A Place at the Table: The Gay Individual in American Society. Simon and
Schuster.
Beauvoir, S. (2012). O segundo sexo. Editora Nova Fronteira.
Bell, D. (ed.). (2001). Pleasure Zones: Bodies, Cities, Spaces. Syracuse University Press.
Bell, D.; & Valentine, G. (eds.). (1995). Mapping Desires: Geographies of Sexualities.
Routledge.
Berlant, L; & Warner, M. (2005). “Sex in Public”. In: Warner, M. (ed.). Publics and Counter
Publics. Zone Books.
Bourdieu, P. (1977). Outline of a Theory of Practice. Cambridge University Press.
Browning, F. (1998). A Queer Geography. Noonday.
Butler, J. (2017). A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. 1ª ed. Autêntica Editora.
Butler, J. (2003). “O parentesco é sempre tido como heterossexual?”. Cadernos Pagu, 21,
-260
Butler, J. (2018). “Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista”. Caderno de leituras 78. Edições Chão da Feira.
Cleto, F. (2002). “Introduction: Queering the Camp.” In: Cleto, F (ed.). Camp: Queer Aesthetics
and the Performing Subject: A Reader. University of Michigan Press.
Crimp, D. (2002). Melancholia and Moralism: Essays on AIDS and Queer Politics. MIT Press.
De Lauretis, T. (1994). The Practice of Love: Lesbian Sexuality and Perverse Desire. Indiana
University Press.
Diprose, L. (2003). Corporeal Generosity: On Giving with Nietzsche, Merleau-Ponty, and
Levinas. State University of New York Press.
Duggan, L. (2003). The Twilight of Equality: Neoliberalism, Cultural Politics, and the Attack
on Democracy. Beacon Press.
Edelman, L. (2021). O futuro é coisa de criança: teoria queer, desidentificação e a pulsão de
morte. Periódicus, 2(14), 248-275.
Franklin, S. (2005). The Line and the Tie. Sétima Palestra Anual em Memória de Annette B.
Weiner, New York University.
Foucault, M. (1988). História da sexualidade I: a vontade de saber. Edições Graal.
Fuss, D. (2004). The Sense of an Interior: Four Writers and the Rooms That Shaped Them.
Routledge.
Grosz, E. (1995). Space, Time and Perversion: Essays on the Politics of Bodies. Routledge.
Halberstam, J. (2005). In a Queer Time and Place: Transgender Bodies, Subcultural Lives.
New York University Press.
Heidegger, M. (2005). Ser e Tempo. Editora Vozes.
Heidegger, M. (2012). Ontologia - Hermenêutica da Facticidade. Vozes.
Husserl, E. (1969). Ideas: General Introduction to Pure Phenomenology. Allen and Unwin.
Husserl, E. (2006). Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica.
Ideias e Letras.
Husserl, E. (2012). A Crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental. Uma
introdução à filosofia fenomenológica. Editora Forense Universitária.
Ihde, D. (2017). Tecnologia e o Mundo da Vida: do Jardim à Terra. Editora UFFS.
Irigaray, L. (2017). Este sexo que não é só um sexo: sexualidade e status social da mulher.
SENAC São Paulo, 2017.
Lévi-Strauss, C. (2012). As estruturas elementares do parentesco. Editora Vozes.
Merleau-Ponty, M. (2006). Fenomenologia da Percepção. Martins Fontes.
Moon, M. (1998). A Small Boy and Other: Imitations and Initiation in American Culture from
Henry James to Andy Warhol. Duke University Press.
Offord, B.; & Cantrel, L. (1999). “Unfixated in a Fixated World: Identity, Sexuality, Race, and
Culture.” In: Jackson, P. A.; & Sullivan, G. (eds.). Multicultural Queer: Australian Narratives. Routledge.
Probyn, E. (1996). Outside Belongings. Routledge.
Rich, A. (2019). Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. In: Heterossexualidade
compulsória e existência lésbica & outros ensaios. A Bolha Editora.
Rich, A. (1991). Of Woman Born. Virago.
Rubin, G. (2017). O tráfico de mulheres: notas sobrea a “economia política” do sexo. In: Gayle
Rubin: políticas do sexo. Ubu Editora.
Schütz, A.; & Luckmann, T. (2023). Estruturas do mundo da vida. ediPUCRS.
Sokolowski, R. (2000). Introduction to Phenomenology. Cambridge University Press.
Steinbock, A. (1995). Home and Beyond: Generative Philosophy after Husserl. Northwestern
University Press.
Valentine, G. (1996). “(Re)Negotiating the Heterosexual Street: Lesbian Politics of Space.” In:
Duncan, N. (ed.). BodySpace: Destabilizing Geographies of Gender and Sexuality. Routledge.
Weiss, G. (1999). Body Images: Embodiment as Intercorporeality. Routledge.
Weston, K. (1991). Families We Choose. Columbia University Press.
Young, I. M. (2005). On Female Body Experience. Oxford University Press.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Sara Ahmed; Lux Ferreira Lima, Felipe Costa Aguiar

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
