Impactos da violência doméstica em filhas adolescentes de mulheres agredidas
Palavras-chave:
Violência Doméstica, Impacto, Adolescência, Saúde MentalResumo
A violência doméstica afeta mais do que a mulher agredida. O objetivo da presente pesquisa feminista foi compreender se e como a violência doméstica sofrida pela mãe, influencia na vida e na saúde de sua filha adolescente. Na metodologia de pesquisa utilizada, as adolescentes preencheram um questionário demográfico e entrevistas semiestruturadas individuais com estas foram realizadas. As mães também foram entrevistadas. A hipótese de que as adolescentes sofrem múltiplos impactos por presenciarem as mães em situações de violência pode ser confirmada. As violências sofridas pelas mães repercutem diretamente nas vidas de suas filhas. Não é incomum, portanto, que as adolescentes tornem-se vítimas diretas de violência(s) neste cenário. A violência doméstica é fator determinante de adoecimento de todo núcleo familiar.
Downloads
Referências
Bandeira, L.M.(2014).Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação. Revista Sociedade e Estado, 29(2), 449-469. doi.org/10.1590/S0102-69922014000200008.
Bandeira, L.M.& Thurler, A.L.(2010).A vulnerabilidade da mulher à violência doméstica: aspectos históricos e sociológicos. In F. R. LIMA & C. SANTOS(Coordenadores), Violência Doméstica –vulnerabilidades e desafios na intervenção criminal multidisciplinar(pp. 159-168). Rio de Janeiro: Lumen Juris.
Bardin, L.(2009).Análise deconteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70, Ltda.
Benetti, S. P. C., Pizetta, A., Schwartz, C. B., Hass, R. A., & Melo, V. L. (2010). Problemas de saúde mental na adolescência: características familiares, eventos traumáticos e violência. Psico-USF,15(3),321-332. doi.org/10.1590/S1413-82712010000300006.
Braga, L. L. & Dell’Aglio, D. D. (2013). Suicídio na adolescência: fatores de risco, depressão e gênero. Contextos Clínicos, 6(1), 2-14. doi.org/10.4013/ctc.2013.61.01.
Cascardi, M. (2016). From violence in the home to psyhical dating violence victimization: the mediating role of psychological distress in a prospective study of female adolescents. Journal Yourth Adolescente, 45(4),777-792. doi.org/10.1007/s10964-016-0434-1.
Chauí, M.. (2011). Ética, violência e política. In M. CHAUÍ, Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas(340-359). 13. Ed. –São Paulo: Cortez.
Cunha, M.. P. & Borges, L. M. (2013). Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)na infância e na adolescência e sua relação com a violência familiar. Boletim Academia Paulista de Psicologia, 33(85), 312-329. Acesso em 01 de Maio de 2017, Disponível em: www.pepsic.bvsalud.org/pdf/bapp/v33n85/a08.pdf.
D’Affonseca, S. M. & Williams, L. C. A. (2011). Habilidades maternas de mulheres vítimas da violência doméstica: uma revisão de literatura. Psicologia: Ciência e Profissão,31(2),236-251. doi.org/10.1590/S1414-98932011000200004.
Diniz, G. R. S. & Angelim, F. P. (2003). Violência doméstica –Por que é tão difícil lidar com ela?. Revista de Psicologia da UNESP, 2(1), 20-35.
Georgsson, A., Almqvist, K. & Broberg, A. (2011). Dissimilarity in vulnerability: self-reported symptoms among children with experiences of intimate partner violence. Child Psychiatry and Human Development, 42(5),539-56. doi.org/10.1007/s10578-011-0231-8.
Harding, S. G. (1987). Feminism and methodology. Indiana University Press, Estados Unidos.
Jordão, A. B. (2008). Vínculos familiares na adolescência: nuances e vicissitudes na clínica psicanalítica com adolescentes. Aletheia, 27(1), 157-172. Acesso em: 24 de Jun. de 2017, Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/aletheia/n27/n27a12.pdf.
Lordello, S. R. M. & Costa, L. F. (2013). A metodologia qualitativa no estudo do abuso sexual intrafamiliar. Revista Psicologia e Saúde, 5(2), 127-135.
Magalhães, J. R. F., Gomes, N. P., Mota, R. S., Campos, L. M., Camargo, C. L. & Andrade, S. R. (2017). Violência intrafamiliar: vivências e percepções de adolescentes. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 21(1), 1-7. doi.org/10.5935/1414-8145.20170003.
Matos, M. (2008). Teorias de gênero ou teorias e gênero? Se e como os estudos de gênero e feministas se transformaram em um campo novo para as ciências. Estudos Feministas, 16(2), 333-357. doi.org/10.1590/S0104-026X2008000200003.
Medeiros, M. N. (2010). Violência conjugal: repercussões na saúde mental de mulheres e de suas filhas e seus filhos adultas/os jovens. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília –Distrito Federal. Miranda, M. P. M., Paula, C. S. & Bordin, I. A. (2010). Violência conjugal física contra a mulher na vida: prevalência e impacto imediato na saúde, trabalho e família. Revista Panamericana de Salud Publica, 27(4), 300-308.
doi.org/10.1590/S1020-49892010000400009.
Mustanoja, S., Luukkonen, A., Kakko, H., Räsänen, P., Säävälä, H., & Riala, K. (2011). Is exposure to domestic violence and violent crime associated with bullying behaviour among underage adolescent psychiatric inpatients?.Child Psychiatry & Human Development, 42, 495-506. doi.org/10.1007/s10578-011-0222-9.
Oliveira, W. A.,Silva, J. L.,Yoshinaga, A. C. M., & Silva, M. A. I. (2011). Interfaces entre família e bullying escolar: uma revisão sistemática. Psico-USF, 20(1), 121-132. Acesso em: 10 de Jun. de 2017, Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pusf/v20n1/1413-8271-pusf-20-01-00121.pdf.doi.org/10.1590/1413-82712015200111.
Rago, M. (1998). Epistemologia feminista, gênero e história. In J. M. Pedro & M. P. Grossi, M. P. (Orgs.), Masculino, Feminino, Plural: gênero na interdisciplinaridade (21-41). Florianópolis: Ed. Mulheres.
Rooke, M. I. & Pereira-Silva, N.L. (2012). Resiliência Familiar e Desenvolvimento Humano: Análise da Produção Científica. Psicologia em Pesquisa, 6(02), 179-186. doi.org/10.5327/Z1982-12472012000200011.
Sales, M. S. (2014). O processo de Constituição da identidade na adolescência: trabalho, classe e gênero. Psicologia & Sociedade, 26(n. spe.), 161-171. doi.org/10.1590/S0102-71822014000500017.
Santos, A. C. W. & Moré, C. L. O. O. (2011). Impacto da violência no sistema familiar de mulheres vítimas de agressão. Psicologia: Ciência e Profissão, 31(2), 220-235. doi.org/10.1590/S1414-98932011000200003.
Schiff, M., Plotnikova, M., Dingle, K.D., Williams, G. M., Najman, J.M., & Clavarino, A.M. (2014). Does adolescent’s exposure to parental intimate partner conflict and violence predict psychologicaldistress and substance use in youngadulthood? A longitudinal study. Child Abuse & Neglect, 38(12), 1945-1954. doi.org/10.1016/j.chiabu.2014.07.001.
Seron, C., Prette, A. D., & Milani, R. G. (2011). A construção da identidade feminina na adolescência: um enfoque na relação mãe e filha. Psicologia: Teoria e Prática, 13(1), 154-164.
Turner, H. A., Finkelhor, D., Shattuck, A., & Hamby, S. (2013). Recent victimization exposure and suicidal ideation in adolescents. Archives of Pediactrics and Adolescent Medicine, 166(12),1149-1154. doi.org/10.1001/archpediatrics.2012.1549.
Thurler, A. L. (2009). Em nome da mãe: o não reconhecimento paterno no Brasil. Florianópolis: Ed. Mulheres.
Wilkinson, S. (1998). Focus groups in feminist research: power, interaction, and the co-construction of meaning. Women’s Studies Internacional Forum, 21(1), 111-125. doi.org/10.1016/S0277-5395(97)00080-0
Yin, R. K. (2010). Estudo de caso–planejamento e métodos. Porto Alegre: Artmed Editora S.A / Bookman.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.