John Coplans e um auto-retrato: abordagem semiótica da situação de exposição

Autores

  • Elisa Martinez

Resumo

O retrato era um gênero na história da arte antes da invenção da fotografia. A fotografia possibilita a captura de uma imagem por meios mecânicos e a obtenção de um resultado que se considera isento da subjetividade marcada na pintura executada pelas mãos do artista. No caso do auto-retrato, o processo mecânico é utilizado para o registro que o fotógrafo faz não apenas de sua aparência, conforme quer ser visto, mas também o registro de um modo de pensar a fotografia, com meios e processos diferenciados. O conjunto de obras de John Coplans realizado entre 1984 e 1987 foi intitulado Um auto-retrato e exposto no Paço das Artes, em São Paulo, em 1998. Realizamos no ensaio uma análise semiótica das relações entre obra e serialidade, temporalidade e movimento, arte e fotografia, ver e ser visto. As relações são consideradas no contexto situacional que difere tanto do livro-catálogo da exposição homônima anteriormente realizada quanto de outras montagens da obra de Coplans em galerias e museus. Analisamos as obras na exposição a partir de um princípio de interdependência entre os dois componentes, processual e imagético, que a qualificam como obra de arte.

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Publicado

2009-10-13

Como Citar

MARTINEZ, E. John Coplans e um auto-retrato: abordagem semiótica da situação de exposição. ouvirOUver, [S. l.], n. 5, 2009. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/ouvirouver/article/view/3185. Acesso em: 26 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos