O camarada de um amor sem nome: medo e desejo na União Soviética (1917-1934)

Autores/as

  • Diego Santos Vieira de Jesus PUC-Rio

Resumen

O objetivo deste artigo é propor o reexame das explicações mais tradicionais sobre a posição do governo soviético com relação à homossexualidade masculina de 1917 a 1934. O argumento central aponta que a descriminalização da sodomia nos primeiros anos da Revolução Russa não significava que a homossexualidade masculina deixara de ser vulnerável à perseguição. Gradativamente, o mito de que a Rússia era uma nação "inocente" acerca da homossexualidade masculina ajudava a construir a imagem da heterossexualidade universal e pura como um padrão natural no tecido social, de forma que a homossexualidade masculina era paulatinamente relegada à Europa Ocidental - vista como reprodutora das "doenças da civilização" - e ao Oriente, concebido como "exótico" e "atrasado". A criminalização da homossexualidade masculina a partir do governo de Stalin atuou constituindo a identidade da União Soviética como um Estado repressor. Porém, a permanência da subcultura homossexual masculina na União Soviética mostrava a incompletude do aparelho de construção estatal.

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Biografía del autor/a

Diego Santos Vieira de Jesus, PUC-Rio

Doutor em Relações Internacionais e professor da Graduação e da Pós-Graduação lato sensu em Relações Internacionais do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio (IRI / PUC-Rio). dsvj@puc-rio.br .

Publicado

2011-04-01

Cómo citar

Santos Vieira de Jesus, D. (2011). O camarada de um amor sem nome: medo e desejo na União Soviética (1917-1934). Caderno Espaço Feminino, 23(1/2). Recuperado a partir de https://seer.ufu.br/index.php/neguem/article/view/7511

Número

Sección

Dossiê: Corpos, identidades, singularidades em movimento