Domesticidade e maternagem como subversão poético-política:
analisando a obra de Clarice Gonçalves
DOI:
https://doi.org/10.14393/CEF-v35n2-2022-9Resumen
O presente artigo[1] tem como objetivo, estabelecer um diálogo com a produção acadêmica feminista, trafegando por proposições das historiadoras Griselda Pollock na relação entre o sistema de saber-poder baseada no gênero e a construção cultural dos conceitos de feminilidade e domesticidade, bem como, a invisibilidade e o silenciamento de artistas mulheres na história da arte. Serão considerados os apontamentos de Simone de Beauvoir sobre ser e tornar-se mulher e a sexualidade feminina, bem como, a domesticidade como subversão em Luana Tvardovskas e a maternagem como condição política em Bell Hooks e Roberta Barros. A partir da investigação e recorte da produção artística e entrevistas com a artista Clarice Gonçalves, abordamos os conceitos de domesticidade e maternagem como estratégia de subversão na produção artística contemporânea e seus desdobramentos poéticos-políticos.
PALAVRAS-CHAVE: Domesticidade. Maternagem. Arte Contemporânea. Clarice Gonçalves