Hilda Hilst em-cena: subversão e ruptura feminina em seu teatro

Resumo

Resumo: Hilda Hilst, a despeito de sua consagração como poetisa e romancista, representa uma lacuna no que tange a sua dramaturgia publicada, pela primeira vez, em 2008. Neste estudo, pretende-se analisar nas peças Auto da Barca de Camiri (1968) e O Verdugo (1969), os pontos que vinculam o teatro hilstiniano à tradição literária brasileira e verificar de que formas a construção de personagens femininas desloca-se na direção de um novo ideal de dramaturgia que rompe com os padrões convencionais do teatro brasileiro, do século XX. Nesse sentido, discutiremos de que maneiras as personagens femininas criadas por Hilda Hilst representam exemplos de "indecidibilidade", segundo os conceitos propostos por Jacques Derrida, ao subverterem a noção de poder falocêntrico, agindo como instrumento ferrenho de denúncia social e política.

Palavras-chave: Hilda Hilst; Teatro; Feminino; Desconstrução.

Abstract: Hilda Hilst even being enshrined as a poet and novelist, is a gap in relation to its dramaturgy first published in 2008. This study aims to analyze the plays Auto da Barca Camiri (1968) and The Executioner (1969) the points that link the hilstiniano theater to Brazilian literary tradition and verify that forms the construction of female characters moves towards an ideal of dramaturgy new deconstructing conventional standards of Brazilian theater, the twentieth century. In this sense, we will discuss the ways in which the female characters created by Hilda Hilst represent examples of "undecidability", according to the concepts proposed by Jacques Derrida, to subvert the notion of phallogocentric power, acting as a staunch instrument of social and political denunciation. 

Keywords: Hilda Hilst; Theater; Female; Deconstruction.